Segundo um estudo realizado pela empresa de consultoria europeia
OutNow, 65% dos homossexuais no Brasil já presenciaram situações de
homofobia no trabalho. Os dados fazem parte do estudo “Brazil 2017
Report – Out Now Global LGBT2030 Study”, realizado no Brasil entre os
meses de junho e julho de 2017 e que fará parte de um outro estudo, a
nível mundial, que será concluído em 2018.
A pesquisa consultou mais de 4 mil pessoas selecionadas através do aplicativo de relacionamentos Hornet. Um dos apontamentos do estudo é de que no Brasil pode existir a maior comunidade LGBT do mundo, compondo 6% dos habitantes do país, ou seja, 9,5 milhões de brasileiros são LGBT. Mesmo sendo uma população numerosa, os LGBT sofrem mais violência no trabalho e por consequência têm mais dificuldades para se manter nele.
Um
dos empecilhos encontrados pelos pesquisadores foi justamente a
insegurança por parte dos participantes sobre a exposição de sua
sexualidade. Isso levou alguns entrevistados a opinarem de forma anônima
e então seus dados não foram considerados tão representativos por não
permitir que os pesquisadores identifiquem particularidades de relação
social e consumo. Os técnicos da pesquisa afirmam que o Brasil é
diversificado em vários setores sociais, o que não seria diferente com a
população LGBT, formada também por vários comportamentos.
A
maioria dos entrevistados eram homens com idades entre 25 e 34 anos,
sendo que 67% se consideravam gays e 18% se diziam bissexuais. Boa
porcentagem deles, 25%, têm curso superior, 29% têm curso superior
incompleto e 20% fizeram pós graduação. Dentro do mercado de trabalho
estão 58% dos pesquisados, devidamente empregados em turno integral; 34%
recebem salários entre R$ 1.000 e R$ 2.500; 2% ganham mais de R$ 10 mil
reais e 36% disseram ser assumidos dentro do trabalho.
Mesmo
com a relutância de considerar a média devido a diversidade de consumo e
relações sociais dos LGBT no Brasil, os pesquisadores afirmam que os
entrevistados gastam em média R$ 418,00 com roupas; R$ 274 com
perfumaria e higiene; R$ 131 com cabelo e procedimentos de beleza; R$
157 com tratamentos estéticos e R$ 242 com sapatos. Esses números
mostram que apesar da discriminação e assédio, os LGBT impulsionam boa
parte da economia com seus hábitos de consumo. A média de viagens, por
exemplo, chega a R$ 3690 reais por ano.
Disponível em: http://revistaladoa.com.br/2017/12/noticias/estudo-aponta-que-65-dos-gays-brasileiros-ja-presenciaram-homofobia-no-trabalho
Nenhum comentário:
Postar um comentário