quarta-feira, 5 de abril de 2017

#MEUPROFESSORRACISTA: OS RELATOS CHOCANTES DE RACISMO, PRECONCEITO E INJÚRIA RACIAL EM ESCOLAS E UNIVERSIDADES

Uma campanha da Ocupação Preta – coletivo de alunos e alunas negras da USP – deu luz, nas redes sociais, às situações vexatórias e humilhantes a que todo estudante negro sofre em ao menos algum momento da vida escolar ou universitária. Relatos vão desde apelidos, passando por exclusão a discursos meritocráticos e elitistas. Confira.

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Começou a viralizar nas redes sociais, na noite desta segunda-feira (3), a hashtag #MeuProfessorRacista, em que negros e negras relatam situações de racismo, preconceito e injúria racial que sofreram em ao menos algum momento de suas vidas na escola ou na universidade.
A campanha surgiu a partir de uma iniciativa da Ocupação Preta – coletivo de alunos e alunas negras da Universidade de São Paulo (USP) -, que divulgou o caso de uma professora que tratou com chacota uma discussão sobre a questão racial na obra de Monteiro Lobato e o racismo em marchinhas de carnaval.
“Sabendo que se perpetua nas universidades uma diretriz e um embasamento teórico pertencente à branquitude, levantamos a necessidade de que a professora conheça, discuta ou ao menos escute o que os alunos têm a dizer, abandonando seu posto de superioridade”, escreveu o coletivo, contando ainda que, após a discussão, foram expulsos da sala de aula.
Foi lançada, então, a hashtag #MeuProfessorRacista e milhares de depoimentos, muitos deles, chocantes, começaram a surgir e explicitar o quão grave é o problema do racismo no ambiente escolar e universitário. Os relatos vão desde apelidos, como “sabonete de mecânico”, macaco, macaca, entre outros, passando por exclusão de grupos de trabalhos, situações vexatórias como mandar colher comida do chão para “aprender a não desperdiçar”, até discursos meritocráticos e anti-cotas, como se os negros beneficiados por programas de cotas não merecessem ocupar aquela vaga.

Confira abaixo alguns dos depoimentos.

Ocupação Preta
na segunda
#MeuProfessorRacista O mais pesado que eu lembro agora. Ensino Fundamental, a diretora de um colégio conceituado do interior de São Paulo, uma carrasca fascista, fez um dos únicos alunos negros da sala pegar o pão do lixo pra comer, na frente de toda a turma, pra ensinar "a não desperdiçar comida".
!!!!!!!!!


Ocupação Preta
na segunda
#MeuProfessorRacista costumava começar a aula fazendo perguntas (sempre) primeiro para mim. Ele tinha uma preocupação muito grande em saber se de fato eu ~ conseguia acompanhar ~ suas aulas.


Ocupação Preta
na segunda
#meuProfessorRacista perguntou a um amigo negro de quem ele estava colando pra tirar tanta nota alta assim


Ocupação Preta
na segunda
#meuprofessorracista era uma professora loura da minha 4 série. Sempre batia com a régua na minha cadeira, por ter o cabelo Black e grande ela sempre pegava no pé dizendo pra minha mãe que eu tinha atitude de menino pois sempre quebrava a régua dela, quando chegava na minha mesa. Pediu um dia para que eu auxilia-se ela a tirar piolhos dos outros alunos, pois eu era única que não tinha . Lógico que ajudei com melhor prazer, troquei o pente dela como os dos alunos que tinha piolho . Ela cause ficou careca de tanto que cousava a cabeça kkkkk nunca mais ela mexeu comigo. SS


disse na aula que preto tinha que fazer faculdade para, ao menos, ter cela especial quando fosse preso.

Disponível em:  http://www.revistaforum.com.br/2017/04/04/meuprofessorracista-os-relatos-chocantes-de-racismo-preconceito-e-injuria-racial-em-escolas-e-universidades/

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