Brasília - Integrantes da bancada evangélica da
Câmara vão comandar os trabalhos da comissão especial que analisa a
proposta conhecida como "Escola sem Partido". O colegiado, que será
presidido pelo deputado Marcos Rogério (DEM-RO), escolheu na
quarta-feira, 19, o deputado Flavinho (PSB-SP) (DIGA-SE COMUNIDADE CANÇÃO NOVA), como relator.
A
eleição do relator aconteceu quando a Câmara estava esvaziada, após o
anúncio da prisão do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Várias
comissões foram suspensas, mas 20 deputados marcaram presença na reunião
do colegiado.
Instalada no último dia 5, a comissão vai
analisar pelo menos cinco projetos que tratam do assunto. O principal é o
Projeto de Lei 867, de autoria do deputado Izalci (PSDB-DF), que proíbe
professores de propagarem ideias políticas ou religiosas em sala de
aula. Há ainda a proposta do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), que
prevê detenção para docentes quem tentarem doutrinar os alunos.
As propostas são polêmicas e têm causado reação entre educadores e
deputados. "Isso é muito perigoso. É um projeto inconstitucional, pela
quebra da natureza laica do Estado", disse a deputada Alice Portugal (PC
do B-BA) após a sessão.
Perfil
Marcos Rogério, que vai presidir o colegiado, é conhecido por levantar
bandeiras conservadoras, como o projeto que tipifica como crime contra a
vida o anúncio de meio abortivo. O relator Flavinho apoiou uma proposta
para revogar a permissão do uso do nome social de travestis e
transexuais em órgãos da administração pública. As informações são do
jornal O Estado de S. Paulo.
Disponível em: http://educacao.uol.com.br/noticias/agencia-estado/2016/10/20/evangelicos-vao-analisar-escola-sem-partido.htm
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