A homenagem a travesti Labelly Rainbow, na noite da última
quarta-feira, durante sessão solene do Legislativo de Fortaleza, em
Homenagem ao Dia da Mulher, foi duramente criticada por vereadores da
Capital que se alternaram, ontem, em pronunciamentos no plenário da
Câmara para cobrar explicações. A polêmica motivou até a manifestação do
presidente da Casa, Salmito Filho (PDT), que precisou intervir para
“acalmar” os demais vereadores. Ele afirmou que vai “conversar” com a
vereadora Larissa Gaspar (PPL) e levará o assunto para discussão no
Colégio de Líderes.
“Fiquei sabendo, agora pouco, do que aconteceu na homenagem às mulheres. Vou conversar com a vereadora Larissa Gaspar. Não podemos confundir as coisas. Vou levar a questão para o Colégio de Líderes, porque, se a homenagem fosse para o público LGBT, se fosse a questão da bandeira LGBT, seria normal, seria correto, seria natural colocar um pessoa deste público. Agora, no Dia da Mulher, homenagear uma mulher que não é, e nem se reivindica como mulher, inclusive do ponto de vista político por conta de suas bandeiras de luta, não está correto, na minha opinião”, disse Salmito após diversos questionamentos dos vereadores.
Durante a solenidade Larissa Gaspar ressaltou a homenagem, inclusive, destacando que foi a primeira vez que a Câmara homenageou uma “mulher travesti” em alusão ao Dia da Mulher. “Nós, temos o compromisso com o direito de cada um e cada uma ser aquilo que acredita que é o melhor para si.
“Fiquei sabendo, agora pouco, do que aconteceu na homenagem às mulheres. Vou conversar com a vereadora Larissa Gaspar. Não podemos confundir as coisas. Vou levar a questão para o Colégio de Líderes, porque, se a homenagem fosse para o público LGBT, se fosse a questão da bandeira LGBT, seria normal, seria correto, seria natural colocar um pessoa deste público. Agora, no Dia da Mulher, homenagear uma mulher que não é, e nem se reivindica como mulher, inclusive do ponto de vista político por conta de suas bandeiras de luta, não está correto, na minha opinião”, disse Salmito após diversos questionamentos dos vereadores.
Durante a solenidade Larissa Gaspar ressaltou a homenagem, inclusive, destacando que foi a primeira vez que a Câmara homenageou uma “mulher travesti” em alusão ao Dia da Mulher. “Nós, temos o compromisso com o direito de cada um e cada uma ser aquilo que acredita que é o melhor para si.
Nós homenageamos Labelly pela sua atuação, sua história na luta
contra a LGBTfobia”, justificou a vereadora que é presidente da Comissão
de Direitos Humanos da Câmara.
Mas o que mais incomodou os vereadores foi o fato de que Labelly foi escolhida para falar em nome de todas as homenageadas. O grupo incluiu a farmacêutica Maria da Penha, que estava presente à sessão, e que tem respaldo internacional, inclusive com nome dado a uma legislação brasileira que garante a proteção das mulheres contra qualquer tipo de violência doméstica, seja física, psicológica, patrimonial ou moral.
Um dos vereadores que levou o assunto à tribuna da Câmara foi Eron Moreira (PP). O parlamentar chamou o episódio de “lamentável” e disse considerar “impróprio pegar carona num evento” utilizando-o para expediente inadequado. Ele afirmou ter conversado com algumas vereadoras, que, segundo destacou, se mostraram “incomodadas” com a situação. Eron Moreira também saiu em defesa da ex-prefeita Luizianne Lins, a quem disse ter trabalho em prol de avanços na política para mulheres e minorias.
“Se fosse casado com uma travesti, ontem, eu traria meu travesti para homenagear a mulher. Mas, traria meu travesti amado no Dia do Travesti para ser homenageado. Qual problema? Acho impróprio pegar carona num evento e você usar um expediente que não é o expediente adequado. Foi dito que esta Casa negou a fala para Maria da Penha. Me sinto atingido como vereador desta Casa”, disse Eron.
Mas o que mais incomodou os vereadores foi o fato de que Labelly foi escolhida para falar em nome de todas as homenageadas. O grupo incluiu a farmacêutica Maria da Penha, que estava presente à sessão, e que tem respaldo internacional, inclusive com nome dado a uma legislação brasileira que garante a proteção das mulheres contra qualquer tipo de violência doméstica, seja física, psicológica, patrimonial ou moral.
Um dos vereadores que levou o assunto à tribuna da Câmara foi Eron Moreira (PP). O parlamentar chamou o episódio de “lamentável” e disse considerar “impróprio pegar carona num evento” utilizando-o para expediente inadequado. Ele afirmou ter conversado com algumas vereadoras, que, segundo destacou, se mostraram “incomodadas” com a situação. Eron Moreira também saiu em defesa da ex-prefeita Luizianne Lins, a quem disse ter trabalho em prol de avanços na política para mulheres e minorias.
“Se fosse casado com uma travesti, ontem, eu traria meu travesti para homenagear a mulher. Mas, traria meu travesti amado no Dia do Travesti para ser homenageado. Qual problema? Acho impróprio pegar carona num evento e você usar um expediente que não é o expediente adequado. Foi dito que esta Casa negou a fala para Maria da Penha. Me sinto atingido como vereador desta Casa”, disse Eron.
Defesa
Ao jornal O Estado, Larissa Gaspar disse respeitar o posicionamento dos demais colegas e afirmou estar “tranquila”, pois, no seu entendimento, “foi uma justa homenagem, principalmente diante do cenário atual onde atos de crueldades estão acontecendo contra mulheres travesti”, citando a morte da Dandara dos Santos.
Ao jornal O Estado, Larissa Gaspar disse respeitar o posicionamento dos demais colegas e afirmou estar “tranquila”, pois, no seu entendimento, “foi uma justa homenagem, principalmente diante do cenário atual onde atos de crueldades estão acontecendo contra mulheres travesti”, citando a morte da Dandara dos Santos.
Disponível em: http://www.oestadoce.com.br/politica/vereadores-rejeitam-homenagem-mulher-travesti
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