Cartazes do grupo de skinhead foram espalhados no Benfica. (Foto: Leitor via WhatsApp)
Tem uma máxima de nossos pais que atravessa os tempos. Aquela de que
só imitamos dos outros o que não presta. É pra ralhar com a gente, desde
de criança e, agora, idiotas crescidos. Por causa de algumas besteiras
feitas, pisadas de bola.
Pois bem. Só faltava essa em Fortaleza.
Depois de importarmos e inovarmos na imbecilidade violenta das facções,
PCC paulista e Comando Vermelho carioca, agora um punhado de abestados
daqui, de quem mal ouvíamos falar, põem a cara no mundo para espancar
quem aciona neles algum trauma ou desejo incubado.
Só pode. Se
todas as formas de distribuir violência sempre foram equívocos na
história da Terra, o que dizer de, em 2018, correrem notícias de espancamentos no Benfica, em Fortaleza, por causa da cor da pele e da orientação sexual alheia?
É
surreal a notícia em Fortaleza. Inimaginável, até aqui, relato tão
chocante da ação de skinheads, no miolo de um bairro universitário,
amigável e tão símbolo dessa cidade.
Um efeito dos tempos misóginos, homofóbicos, racistas e machistas que ganhou corpo com os líderes equivocados
Demitri Túlio
Jornalista do O POVO
Alguma coisa está fora da naturalidade das coisas e encoraja esse
tipo de agrupamento a sair nas ruas distribuindo ódio e espalhando
cartazes. Um efeito dos tempos misóginos, homofóbicos, racistas e
machistas que ganhou corpo com os líderes equivocados.
Imagino o
padecimento de dor dos pais desses “Carecas do Brasil”. Sinceramente,
desejo que nem pai nem mãe tenham sido espelho para tanto preconceito.
A primeira reação é polícia, Ministério Público e Justiça neles.
DEMITRI TúLIO
Disponível em: https://www.opovo.com.br/noticias/fortaleza/2018/01/os-babacas-carecas-do-brasil.html
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