domingo, 21 de janeiro de 2018

A OBRA DE CRISTO É SOCIAL

“Ainda hoje, as pessoas estão correndo em busca do milagre e veem nas igrejas – que usam o nome de Jesus – apenas um estabelecimento onde esse milagre é mais acessível.”

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São Lucas 4,42-43 – “Ao amanhecer, ele saiu e retirou-se para um lugar afastado. As multidões o procuravam e foram até onde ele estava e queriam detê-lo, para que não as deixasse. Mas ele disse-lhes: É necessário que eu anuncie a boa nova do Reino de Deus também às outras cidades, pois essa é a minha missão.”
Depois de libertar os enfermos de seus males, de fazer o bem, Jesus vai para um lugar afastado. As multidões, porém, o seguem, porque estão encantadas com seu modo de falar (“ele fala com autoridade”), estão encantadas com os milagres que ele realiza. Muitos vão, na verdade, em busca do milagre, não de Jesus, não de seus ensinamentos, não do seu jeito de amar. Outros veem nele alguém que acolhe, que chama para si quem a vida inteira foi excluído, alguém que devolve ao seio da sociedade quem passou a vida inteira a margem. Esses, pouco a pouco vão compreendendo o seu projeto e vão respondendo ao seu chamado. Em todos, contudo, a vontade é a mesma: querer Jesus para si, viver no repouso que o bem causa.
Ainda hoje, as pessoas estão correndo em busca do milagre e veem nas igrejas – que usam o nome de Jesus – apenas um estabelecimento onde esse milagre é mais acessível. Ninguém realmente está buscando viver como Jesus viveu, ou amar como Jesus amou. Quem promete essa paz perpétua, estabilidade financeira, a cura dos males, consegue alienar multidões inteiras. Pessoas que na sua imaturidade na fé, se vendem facilmente por pouco menos que dois pardais – que não compreendem o seu valor aos olhos de Deus. E os lobos as compram e as escravizam.

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Jesus, porém, ensina que o seu projeto não envolve alienação e repouso. Ao contrário, seu projeto tem como característica fundamental a missão, o ir ao encontro daqueles que necessitam. E esses estão na sociedade, não nas igrejas. As igrejas são lugares de encontro e vivência, mas não os únicos lugares, tampouco devem ser a finalidade da missão e de vivência do amor de Deus.
Há também quem confunda levar a boa nova aos que necessitam com bater de porta em porta para ler a Bíblia e fazer uma exposição baseada numa teologia qualquer. Esses “evangelizadores” sequer param para ouvir a realidade daqueles que visitam. Levar a boa nova é bem mais que criar belos discurso: é praticar a caridade, o amor que vem de Deus! Você evangeliza quando ouve quem precisa desabafar, quando abraça quem necessita de um abraço, quando da sua fila no hospital para aquele que está mais necessitado que você, sem ressentimento; quem alimenta quem tem fome…
É esse o convite de Jesus: sair do comodismo que o cotidiano causa e ir em busca dos necessitados. Mais que um convite, é um desafio!

Henrique Vieira | Quando o cristianismo esconde 

Jesus Cristo

https://www.youtube.com/watch?v=hE1mUJHhOCI






Sobre o autor desse artigo

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Felipe Catão Pond, bacharel em filosofia, poeta, contista e cronista. Escreve para o blog “Amor, girassol, liberdade e arte”. Ativista político junto aos grupos de mídia independente, de arte alternativa e contracultura indígena, LGBT; apoia e coordena grupos de Igrejas Inclusivas. Em Manaus, ajudou na fundação da Humanidade Livre, onde serve como missionário.


Disponível em:  https://ativismoprotestante.wordpress.com/2017/12/07/felipe-catao-a-obra-de-cristo-e-social/

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