O projeto do governador Geraldo Alckmin que trata da renegociação de
dívidas do Estado com a União e congela salários dos servidores e
investimentos na área social por dois anos (PL 920) foi aprovado pelo
plenário da Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira (14), com 46
votos favoráveis e oito contrários.
As bancadas do PT, PCdoB e Psol tentaram impedir a aprovação ao se
colocar em obstrução, mas oito deputados da base aliada que consignaram
votos contra acabaram por favorecer a aprovação do projeto, garantindo
quórum (48 votos) para validar o processo.
A estratégia foi caracterizada pelo deputado João Paulo Rillo (PT)
como “enganação”. Ela permite que parlamentares da base de Alckmin se
contraponham à proposta, sem comprometer sua aprovação. Com isso
conseguem dar satisfação às suas bases, principalmente aqueles ligados a
setores do funcionalismo, como os policiais militares, que serão
severamente afetados pela proposta.
Para a deputada Marcia Lia, também do PT, a situação do servidor
público chegou a um limite máximo da tolerância. “Eles vêm acumulando
essas dívidas que o governo fez no Metrô, CPTM, e agora que resolveram
renegociar, querem jogar nas costas dos servidores públicos? Isso é um erro das administrações desse governo que está no poder há 24 anos.”
“A sessão de hoje (ontem) foi muito tensa, diversas acusações dos
apoiadores do governo e da oposição, bem como, bate boca com os
manifestantes ocorreu. Os sindicatos e manifestantes foram atacados por
vários parlamentares, sobretudo Campos Machado, que é o líder da bancada
do PTB”, afirmou em nota o Sindicato dos Funcionários do Sistema
Prisional do Estado de São Paulo.
“Sabemos que as ações políticas sindicais andam desacreditadas por
muitas categorias, entretanto estivemos presentes e lamentamos que a
pressão popular não tenha sido maior. O momento histórico é muito
difícil, em Brasília e no Estado de São Paulo, o ataque a direitos tem
sido feito de forma parecida e muito agressiva. Esperamos que a
categoria esteja mais unida neste momento de ataque, caso contrário
podemos ver nossos direitos cada vez mais reduzidos. Não são apenas os
funcionários públicos que ficarão sem reajuste salarial, são nossas
famílias que pouco já têm, devido à falta de investimentos dos governos
estadual e federal”, lamentou o presidente do sindicato, Fábio Cesar
Ferreira. (Da RBA)
Disponível em: http://cartacampinas.com.br/2017/12/cumulo-da-incompetencia-psdb-congela-salario-de-todo-o-funcionalismo-apos-24-anos-governando-o-estado/
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