Mulher levou o filho de
17 anos à polícia e ele admitiu ter espancado a vítima de 40 anos.
Segundo delegado, rapaz negou arrependimento.
Suspeito usou um caibro de madeira e atingiu a vítima com mais de 10 golpes, diz delegado.
Um ajudante geral de 40 anos foi morto a pauladas na madrugada desta
segunda-feira (6), em São Simão (SP). Segundo a Polícia Civil, um
adolescente de 17 anos foi apreendido após ter confessado o crime à mãe,
que o levou a uma base da Polícia Militar.
De acordo com o delegado Jorge Koury, o jovem diz que agiu após a
vítima convidá-lo para manter relações sexuais. Ele foi indiciado por
homicídio qualificado e homofobia.
Um pedaço de madeira com 1,5 metro de comprimento, que teria sido usado pelo suspeito, foi apreendido.
Segundo Koury, o suspeito contou que jogava baralho com um grupo de
amigos em um ponto conhecido pela concentração de pessoas na cidade,
quando a vítima chegou e fez uma proposta de cunho sexual.
“A vítima chegou depois, já bêbada, e começou a fazer propostas. Aí
ele [adolescente] disse “então vamos”. Só que quando ele disse isso, ele
já tinha em mente o crime”, afirma o delegado.
De acordo com o delegado, os dois seguiram até uma fazenda, no bairro
Jardim Imigrantes. Ao chegarem ao local, o ajudante tirou a roupa, mas
foi brutalmente agredido pelo adolescente, com um pedaço de madeira. Os
golpes atingiram a cabeça da vítima, que ficou desfigurada e morreu no
local.
O adolescente deixou o corpo da vítima na fazenda e foi para casa,
onde acabou contando sobre o crime à mãe. Ao tomar conhecimento, a
mulher levou o filho até a Polícia Militar e ele relatou o assassinato
aos agentes, que acionaram a Polícia Civil.
Ao delegado, ele confessou o crime e negou arrependimento. Segundo
Koury, o jovem declarou que era amigo da vítima, mas que não gostava das
insinuações feitas pelo ajudante geral, que o abordava esporadicamente
com o intuito de praticar sexo.
“[O suspeito] disse que ele ficava mexendo com ele sexualmente e que
ele não gostava. O adolescente infrator diz que quando ele bebia, ele
ficava chamando para cunhos sexuais, para ter relação sexual. Não era só
com ele, era com outros adolescentes também.”
Para o delegado, o suspeito demonstrou total frieza ao relatar o assassinato do ajudante, e apresentou comportamento homofóbico.
“Ele confessou o crime, dizendo que não está arrependido, que cometeu
o crime porque ele não gosta de ‘coisas sexuais de viadagem'. O crime
tem requintes de homofobia, até porque ele disse que a vítima cantava
ele, que quando ele bebia ele cantava. Que ele ficou nervoso, levou ele,
e ele queria só agredir”, diz Koury.
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Apesar de ter declarado que não está arrependido, o suspeito negou a intenção de matar.
Ainda segundo o delegado, o adolescente tem outras duas passagens
pela polícia. A primeira por homicídio, registrada em 2015 em Maceió
(AL), e a segunda por tentativa de homicídio contra um irmão, em março
deste ano.
“Nós estamos aguardando uma decisão da Vara da Infância. Pedimos a
internação por causa de ameaças e violência física. Ele é frio e
tranquilo”, afirma Koury.
Disponível em: http://www.gay1.lgbt/2017/11/adolescente-mata-ajudante-por-homofobia.html
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