Cid Gomes negou que doações da JBS fossem propina
Doações da JBS para campanha de Camilo Santana (PT) em 2014 começaram quatro dias após o governo do Estado fazer a primeira transferência do Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI) para a Cascavel Couros LTDA, empresa do grupo instalada no Ceará.
Muitas das outras doações da JBS foram feitas ainda dois dias após
alguma transferência do Estado. Na semana passada, o empresário Wesley
Batista, um dos donos da JBS, acusou o governo Cid Gomes (PDT) de ter
“trocado” créditos de R$ 110 milhões da empresa com R$ 20 milhões em
propinas para campanha de Camilo e aliados de Cid.
“Não houve troca de favores”
Em entrevista nesta segunda-feira, o ex-governador Cid Gomes se disse
“veementemente indignado” com acusações e rejeitou que qualquer doação
recebida da JBS tenha vínculo com ações do governo. “Não é possível
fazer vinculação de qualquer tipo para esses pagamentos. Isso não é da
minha índole, jamais foi feito. Nós temos critérios e regras para
campanhas”.
Cid admite que repasses podem ter tido um “pico” em 2014, mas afirma
que este aumento se deu por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal
(LRF), que proíbe gestores de deixarem dívidas acumuladas para mandatos
posteriores.
“Custo a acreditar que uma empresa grande como a JBS ficaria refém de
um governo por uma coisa dessas, sendo que era um direito judicial
dela”. O ex-governador disse ter sido vítima de uma armação de Wesley
Batista, que teria “inventado mentiras” para obter benefícios no acordo
de delação premiada.
“Essas denúncias foram feitas para obter alguma vantagem em delação
premiada. Um deles gravou o presidente, gravou o candidato da oposição, e
esse sujeito (Wesley), precisando de algum fato, deu conta de inventar
mentiras contra mim”, disse.
Disponível em: http://blog.opovo.com.br/politica/doacoes-da-jbs-camilo-comecaram-quatro-dias-apos-1o-pagamento-do-estado/
Nenhum comentário:
Postar um comentário