Bate-boca entre senadores marcou sessão da reforma trabalhista na
Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Com confusão, relatório foi
considerado lido e segue para votação.
Ao ouvir “Cala a boca, moleque vagabundo” de Ataídes, Randolfe partiu para cima e chegou a subir na mesa.
A base aliada até tentou simular normalidade, mas na primeira prova de fogo para o governo depois dos escândalos da última semana o clima esquentou. Bate-boca, dedos em riste e até agressão física marcaram a leitura do relatório da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado na tarde da terça-feira 23.
Depois da confusão o presidente da CAE, Tasso Jereissati (PSDB-CE), anunciou ter considerado lido o parecer de Ricardo Ferraço (PSDB-ES). A decisão, confirmada pela secretaria da CAE, foi tomada mesmo sem a efetiva leitura do texto, mas garantiu que a tramitação siga na Casa. O texto pode ser votado na CAE já na próxima terça-feira 30. Antes de ir ao plenário a proposta ainda terá de passar pelas comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Assuntos Sociais (CAS) do Senado.
Tentativa de adiamento
Texto em análise
Depois da confusão o presidente da CAE, Tasso Jereissati (PSDB-CE), anunciou ter considerado lido o parecer de Ricardo Ferraço (PSDB-ES). A decisão, confirmada pela secretaria da CAE, foi tomada mesmo sem a efetiva leitura do texto, mas garantiu que a tramitação siga na Casa. O texto pode ser votado na CAE já na próxima terça-feira 30. Antes de ir ao plenário a proposta ainda terá de passar pelas comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Assuntos Sociais (CAS) do Senado.
Tentativa de adiamento
De acordo com notícias veiculadas na imprensa, os senadores
da oposição apresentaram um pedido para adiar a leitura do relatório do
relator, mas o requerimento foi rejeitado por 13 votos a 11. Por isso,
houve protestos e os senadores começaram a discutir mais uma vez o
adiamento da leitura do relatório.
O
senador Tasso Jereissati se preparava para passar a palavra para o
relator Ricardo Ferraço fazer a leitura quando Lindbergh Farias (PT-RJ)
foi em direção ao relator dizendo que a oposição não ia permitir a
leitura. Houve, então, gritaria, empurrões e os senadores ficaram exaltados.
Lindbergh Farias e Ataídes Oliveira (PSDB-TO), mais exaltados, precisaram ser contidos por colegas e até seguranças.
Parlamentares
contrários à reforma se dirigiram, em seguida, à mesa e fizeram um
cordão de isolamento para impedir a leitura do relatório.
Nesse
momento, Ataídes e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) trocaram acusações. O
senador tucano, gritando, precisou ser contido por Otto Alencar (PSD-BA)
e Paulo Paim (PT-RS). À Exame.com, Randolfe
Rodrigues afirmou que disse ao senador Ataídes que ele estava
sustentando um governo golpista. A resposta foi “cala a boca, moleque
vagabundo”. Em reação, Randolfe partiu para cima e chegou a subir na
mesa.
A
sessão foi suspensa pelo presidente da comissão. Algumas pessoas que
estavam na plateia acompanhando a reunião da comissão gritavam palavras
de ordem contra o presidente Michel Temer.
Depois de mais de uma hora de suspensão, Tasso considerou o relatório lido, concedeu vista coletiva e encerrou a reunião.
O relatório do deputado Ricardo Ferraço recomenda a aprovação do projeto conforme
o texto enviado pela Câmara, mas sugere algumas mudanças a serem feitas
pelo governo no momento da sanção presidencial. Tais mudanças já foram
negociadas com senadores aliados.
Entre
os pontos que devem ser vetados pelo governo estão a possibilidade de
gestantes trabalharem em locais insalubres; possibilidade de acordo
individual para a jornada 12 X 36; criação do trabalho intermitente;
possibilidade de negociação do intervalo para almoço; e nomeação
de um representante dos trabalhadores dentro das empresas; e revogação
dos 15 minutos de descanso para mulheres antes da hora extra.
Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/politica/reforma-trabahista-avanca-no-senado-mesmo-sem-leitura-do-relatorio?utm_source=social_monitor&utm_medium=widget_vertical
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