terça-feira, 16 de maio de 2017

APÓS DENÚNCIAS DE TRABALHO ESCRAVO, M. OFFICER E MARISA AFIRMAM QUE ROUPAS VINHAM DE TERCEIRIZADOS

Representantes das empresas foram ouvidos na CPI do Trabalho Escravo da Assembleia Legislativa de São Paulo. 

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SÃO PAULO - A Comissão Parlamentar de Inquérito do Trabalho Escravo da Assembleia Legislativa de São Paulo ouviu nesta quarta-feira representantes da marcas M. Officer e Marisa. De acordo com declarações de diretores das empresas, alvos de denúncias do Ministério do Trabalho, as roupas vendidas por ambas eram compradas prontas de fornecedores terceirizados. Portanto, esses fornecedores seriam os únicos responsáveis por manter trabalhadores em condições análogas à escravidão, declararam os representantes da M. Officer e da Marisa.

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A diretora da M. Officer, Rosicler Fernandes Gomes, disse aos parlamentares que a marca, embora seja registrada como uma confecção, não desenha suas coleções e "jamais visitou quem idealiza as peças e as entrega prontas, nem após a primeira denúncia de trabalho escravo em 2013". De acordo com a diretora da M. Officer, empresas contratadas pela marca para confeccionar suas peças não poderiam ter repassado o trabalho a outras.
No início do mês de maio, fiscais do Ministério do Trabalho resgataram seis bolivianos que costuravam peças da marca M. Officer em condições análogas à escravidão em uma oficina na zona leste da capital paulista. Segundo o auditor do ministério, Luiz Alexandre Faria, os trabalhadores eram submetidos a jornadas extenuantes de trabalho em ambiente insalubre e perigoso.
“O que a equipe encontrou foi uma situação bem chocante”, afirmou o auditor.
O flagrante ocorreu em ação conjunta do Ministério do Trabalho e Emprego, do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Defensoria Pública da União e do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região. 

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A Marisa foi envolvida em denúncias de utilizar mão-de-obra em condições análogas à escravidão em 2007 e depois em 2010. A Marisa questiona na Justiça a autoridade dos auditores do Ministério do Trabalho nas fiscalizações e também a constitucionalidade da Lista Suja do Trabalho Escravo.
“Estamos exercendo nosso direito de defesa”, afirmou Ricardo José Ribeiro dos Santos, diretor de Expansão, Patrimônio e Relações Institucionais da Marisa.
“As empresas dizem tomar providências para auditar a própria cadeia produtiva e afirmam ter responsabilidade social. Mas estão com um exército de advogados questionando a fiscalização” - disse o presidente da CPI, deputado Carlos Bezerra Jr.

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Disponível em:  https://oglobo.globo.com/economia/apos-denuncias-de-trabalho-escravo-officer-marisa-afirmam-que-roupas-vinham-de-terceirizados-12920768

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