terça-feira, 4 de abril de 2017

UM FUNERAL E MUITOS AMORES...

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João 11,1-45 

Durante os primeiros tempos da epidemia do hiv/AIDS, quando o mundo médico tinha escassos recursos para enfrentar os estragos que a enfermidade fazia nos corpos das primeiras pessoas afetadas, eu fui trabalhar em “uma casa de apoio a doentes de AIDS”, o Projeto Esperança, no Jardim Bonfiglioli, da Arquidiocese católica romana de São Paulo, o Bispo responsável era Dom Fernando penteado , um santo, que depois foi ser Bispo diocesano de Jacarezinho, PR. Eram os tempos que se começava a ministrar o AZT, com pesadas contra indicações, nesta situação e trabalho tinha um trato cotidiano com a morte que sempre estava no horizonte. Surpreendentemente esse contato com a morte me permitiu desenvolver um profundo sentido de vida e dar sentido à minha própria existência e a de quem me rodeia. Muitos dos posicionamentos que tomo, e nunca deixarei de tomar, na luta pelo respeito à todas as pessoas e o reconhecimento de suas dignidades, são resultado do lidar cotidianamente com o drama da vida e da morte daquelas pessoas. O lamento e a tristeza deu lugar e espaço à resistência e ao compromisso de construir uma realidade onde realmente a vontade d’Aquele que se fazia vida e ressurreição em meio de todos nós se cumprisse. Pude reconhecer nessas situações críticas (certa vez tivemos quatorze mortes em uma semana!!) que a vontade de Quem se revela em toda sua vulnerabilidade como vida não quer a morte de ninguém e que vêm libertar-nos da tirania de nossa compreensão da morte para que possamos ressuscitar a um projeto de vida onde o Reino que pedimos que venha se faz realidade agora e já.

Primeira Cena: Um Funeral

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“Naquele tempo havia um homem enfermo, Lázaro de Betânia, do povoado de Maria e de sua irmã Marta. Maria era a mesma que derramou perfume sobre o Senhor e lhe secou os pés com seus cabelos. Seu irmão Lázaro era o que estava enfermo. As irmãs mandaram dizer à Jesus: “Senhor, o que tu amas, está enfermo”. Ao ouvir isto, Jesus lhes disse: “Esta enfermidade não é mortal; é para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela”.
Jesus queria muito a Marta, a sua irmã e a Lázaro. No entanto, quando ouviu que este se encontrava enfermo, ainda ficou dois dias mais no lugar onde estava. Depois disse a seus discípulos: “Voltemos à Judeia! Os discípulos lhe disseram: “Mestre, faz pouco os judeus queriam apedrejar-te, e queres voltar lá?”. Jesus lhes respondeu: “Por acaso não são doze as horas do dia? O que caminha de dia não tropeça, porque vê a luz deste mundo; em troca, o que caminha de noite tropeça, porque a luz não está nele”.
Depois acrescentou: “Nosso amigo Lázaro dorme, porém eu vou despertá-lo”. Seus discípulos lhe disseram: “Senhor, se dorme, se curará”. Eles pensavam que falava do sono, porém Jesus se referia à morte. Então lhes disse abertamente: “Lázaro morreu, e me alegro por vocês de não ter estado ali, a fim de que creiam. Vamos a vê-lo”. Tomé, chamado o Gêmeo, disse aos outros discípulos: “Vamos também nós morrer com ele”. Quando Jesus chegou, soube que Lázaro estava sepultado já há quatro dias”
Cada elemento desta primeira cena deste detalhado drama nos aporta surpreendentes elementos para a construção de novas compreenções destas masculinidades e o fortalecimento das feminilidades já em processo de execução. Em primeiro lugar Jesus não tem nenhum problema em tornar visível e viver em plenitude todos os amores. Revela-se-nos como uma sagrada diversidade do amor inclusivo, incondicional, ilimitado d’Aquele que nos sentimentos de um compromisso profundo, real e honesto que se faz vulnerável a todas as amizades, a todos os amores e a todas as lágrimas. Esta sensibilidade e esta manifestação pública e visível de sentimentos é parte da masculinidade que nos propõe Jesus Cristo. Uma masculinidade que vai mais além e inclui todas as expressões da maravilhosa diversidade da Criação.
Tanto que o Evangelista não tem problemas nem temores de dizer publicamente que Jesus, a quem confessamos como o Cristo del Deus do Reino tem diversidade de discípulos amados. Não há problemas em “sair de todos os armários”, de libertar-se de todos os closet e compartilhar sentimentos profundos. Certamente hoje muitos varões ainda temos problemas em dizer abertamente que amamos a um companheiro de trabalho, de igreja ou de amizade, eu tenho!. Certamente temos que utilizar palavras que se aproximam, porém não expressam abertamente aquilo que sentimos. Aparecerá a palavra de apreço, estima, amizade, consideração, respeito, porém muito rara vez nos atrevemos a colocar nome a nossos amores por temor aos demais. Lembro de quando eu era criança meu saudoso pai, Ellimar Piber, me ensinado que “homem não diz que acha outro homem bonito, mas sim que diz que o outro é “muito bem apessoado””. Ah! Meu pai, como lhe tenho saudade e como lhe necessito, sobretudo agora que estou ficando velho... Jesus Cristo rompe com esses estereótipos, tão rígidos naquele então, tão rígidos para meu pai, tão rígidos ainda hoje.
Tampouco tem nenhum problema en transgredir considerações morais ou de gênero de diversos tipos. Permite ser tocado em público (Lc 7) por aquelas mulheres que são líderes em sua comunidade, porém que são desqualificadas por quem ainda tinha o poder teológico e de controle social. Como deve ter impactado a cena de Maria derramando perfume na cabeça e nos pés de seu Mestre (Mc 14,3) e ainda como deve ter escandalizado que os secara com seus cabelos! (Mt 26, 6-13; Lc 7,37-38). Sagrado escândalo que nos permite libertar-nos de compreensões de gênero que nos escravizam e nos colocam em situações hierárquicas falsas! Temos pudores e receios que Jesus Cristo não tinha!!
Jesus tem uma sagrada diversidade em seus amores. Tem vários discípulos amados (Jo 11,3; 11,5; 11,36; 13,23; 19,26; 20,2; 21,7; 21,20; Lc 7,47) e certamente ainda hoje segue tendo. Ama abertamente a Marta e Maria (Jo 11,5), duas fortes líderes de sua comunidade. Surpreende-nos en toda esta cena a liberdade e a mobilidade destas duas mulheres que vão e vem por ruas e caminhos sem pedir permissão a ninguém. Consideremos que a mulher “honesta”, nos tempos de Jesus, geralmente ficava confinada e nunca saia sozinha, nem tinha autonomia... Essa liberdade de movimento rompe com diversas escravidões mentais que ainda hoje temos que liberar-nos. Em todas as cenas que se vão suceder neste longo drama ambas exercem iniciativas, confissões de fé realmente surpreendente e que para muitos nesse contexto poderia ser realmente blasfema para muitas ortodoxias fundamentalistas e tradicionalistas daquele então como agora. São duas mulheres fortes de tal magnitude que em todas as apresentações Lázaro fica no final da frase, na Bíblia, quem é citado antes, sempre tem mais importância. Betânia é o povoado onde vivem Marta e Maria e como um agregado também Lázaro (Lc 10,38; Jo 12,2). Igualmente a casa é de Marta e Maria onde como por casualidade também vive Lázaro (Lc 10,38). Esta forma de ordenar os nomes em uma cultura patriarcal não é o costumeiro. Estas frases indubitavelmente descrevem uma liderança que vai mais além dos domésticos. Essa casa de Marta e Maria é a casa de uma comunidade de fé doméstica onde sem dúvidas estas duas mulheres exercem uma reconhecida liderança.
Todas estas transgressões se fazem olhando a um espaço hostil teologicamente, com conceitos de gênero, de inclusividade e de amores que vão ser escandalosamente desafiados. Na costumeira atitude de provocação e apesar de todos os temores tão oportunos de seus discípulos, Jesus Cristo se encaminha para enfrentar essas ideologias. Não estaremos nós também convidados a enfrentar essas mentalidades excludentes? Esta é um convite claro a sair de nossos armários teológicos e pastorais e enfrentar com a vida todas as propostas de morte.
O apóstolo Tomé com seu voluntarismo nos revela o custo do discipulado. Não podemos ficar acomodados e gozando de todas as tranqüilidades nos lugares que não significam nenhuma provocação às teologias de morte. No nosso compromisso com a vida e com o pleno exercício de todos os direitos de cidadania também temos que gritar: “Vamos também nós para morrer com ele” porque certamente na defesa destes direitos e de todas as dignidades e de todos os amores que se atrevem a dizer seu nome nosso discipulado terá que enfrentar incontáveis situações de morte e de cruz... O passar desse outro espaço hostil ao projeto de inclusão de Deus revelado na vida, nas refeições, nos amores e nas comunhões de Jesus Cristos, também nos ameaçam diversas mortes.

Segunda Cena: A liderança de Marta.

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“Betânia distava de Jerusalém apenas uns três kilômetros. Muitos judeus haviam ido consolar Marta e Maria, pela morte de seu irmão. Ao saber que Jesus chegava, Marta saiu ao seu encontro, enquanto Maria permanecia na casa. Marta disse a Jesus: “Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. Pero eu sei que mesmo agora, Deus te concederá tudo o que pedires”. Jesus lhe disse: “Teu irmão ressuscitará”. Maria lhe respondeu: “Sei que ressuscitará na ressurreição do último dia”. Jesus lhe disse: “Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem crê em mim, ainda que esteja morto viverá; e todo o que vive e crê em mim, não morrerá jamais. Crês nisso?” Ela lhe respondeu: “Sim, Senhor, creio que tu és o Messias, o Filho de Deus, o que devia vir ao mundo”.
Diante da iniciativa de Jesus de aproximar-se da casa de Marta, ela responde com um movimento. Não é passiva. Toma resoluções e sem pedir permissão e contra todos los costumes e estereótipos sai nas ruas e nos caminhos correndo todos os riscos, não só de insegurança, mas sim de murmuração e repreensão social e religiosa. Suas primeiras palavras nos mostram uma acabada teóloga construindo todo um credo e uma confissão de fé surpreendente. Bravo por ela! Todas e todos queremos estas mulheres que mostram caminhos de risco, porém de esperança.
Frente à clara e firme confissão de Marta que sabe que seu irmão e todas e todos temos de ressuscitar no último dia, Jesus Cristo lhe confirma que esse último dia já está aqui. A Ressurreição e a Vida estão no meio de nós neste tempo. Tudo se adiantou. A fé nessa Vida é já a eternidade e essa fé é já agora e aqui a Ressurreição. Também hoje se nos faz essa mesma pergunta: Crês isto? Junto com a confissão apostólica de Marta, nossas comunidades de fé também se unem a seu credo e proclamação: “Sim, Senhor, creio que tu és o Messias, o Filho de Deus, o que devia vir ao mundo” e o que já está no meio de nós neste caminho de cruz para libertar-nos de todas as tiranias.
Terceira Cena: A liderança de Maria
Depois foi chamar Maria, sua irmã, e lhe disse em voz baixa: “O Mestre está aqui e te chama”. Ao ouvir isto, ela se levantou rapidamente e foi ao seu encontro. Jesus não havia chegado, inda ao povoado, mas sim que estava no mesmo lugar onde Marta o havia encontrado. Os judeus que estavam na casa consolando Maria, ao ver que esta se levantava de repente e saía, a seguiram, pensando que ia ao sepulcro para chorar ali. Maria chegou onde estava Jesus e, ao vê-lo, se prostrou a seus pés e lhe disse: “Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido”.
Apostolicamente Marta chama a sua irmã Maria e como tem, naturalmente, medo dos que enchem sua casa, porém seguem processando todo este evento numa perspectiva de morte, lhe anuncia aquele que hoje todas e todos temos que repetir nos ouvidos de todos, como muitas vezes repeti, nos ouvidos dos que morriam de AIDS nos infelizes fins dos anos 80 e início dos 90: “O Mestre Jesus está aqui e te chama”, como uma última mensagem de fé e de esperança. Essa era a minha fé e sei que também ouvirei quando chegar a minha hora. Não quero dizer outra palavra, não quero ouvir outro discurso!
Também Maria sem pedir permissão a ninguém nessa estrutura opressiva, muito libertada sai às ruas e aos caminhos ao encontro de seu verdadeiro líder. Enquanto ela vai a uma direção de vida os fundamentalistas e tradicionalistas vão a uma direção de morte. Ela vai ao encontro daquele que agora e aqui na fé se faz ressurreição e vida. Os outros seguem os caminhos teológicos de morte e exclusão.
Maria exercendo também um ministério apostólico, em público se prostra diante de Jesus Cristo e com seu corpo confessa abertamente e correndo todos os riscos (consideremos que Jesus já estava ameaçado de morte, Ele e quem o seguia, como Tomé declarou) que esse é não só seu Mestre, mas sim que é o Messias esperado que já está adiantando sua vinda e que se faz presente no agora e em todos os aqui. Com seu corpo e com suas palavras também ela constrói um credo e uma confissão de fe que nos coloca no horizonte da eternidade.
Quarta Cena: A Eternidade agora e já
…”e disse: “Tirem a pedra”. Marta,a irmã do morto, lhe respondeu: “Senhor,cheira mal; já faz quatro dias que está morto”. Jesus lhe disse: “No te disse que se crês, verás a glória de Deus?”. Então tiraram a pedra, e Jesus, levantando os olhos ao céu disse: “Pai, te dou graças porque me ouviste. Eu sei que sempre me ouves, porém o digo por esta gente que me rodeia, para que creiam que tu me enviaste”. Depois de dizer isto, gritou com voz forte: “Lázaro, vem para fora!”. O morto saiu com os pés e as mãos atadas com panos, e o rosto envolto em um sudário. Jesus lhes disse: “Desatem-no para que possa caminhar”. Ao ver o que Jesus fez, muitos dos judeus que haviam ido à casa de Maria creram nele”.
Sem dúvidas a glória de Deus não é Sua essência, mas Sua ação. Sua epifanía, sua revelación está em sus mesas de comunhões, em suas amizades em santa promiscuidade por que não tem limites, porque ninguém fica excluído nem excluída, ninguém é invisibilizado.
Marta e outros discípulos seguem pensando que aquelas pessoas que temos colocado nos sepulcros de nossas exclusões e de nossas rupturas de comunhões de nossos preconceitos cheiram mal porque faz já muito tempo que os temos encerrados nos espaços de mentira e de silêncios. A glória de Deus a vemos quando aqueles que nossa discriminação matou voltam à vida plena do exercício de seus direitos de cidadania. Essa é a glória de Deus. Jesus nos encomenda a tarefa de desatar dos estigmas e esquecimentos a quem ainda permanece encerrado em nossos próprios silêncios. Quando nos atrevamos a realizar estas ações de libertação para a inclusão, não já no espaço que justamente estigmatizou, mas sim na tarefa comum de construir espaços alternativos de plena e radical inclusão, paz, solidaridade e justiça.



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Dom Antonio Piber
Bispo eleito de Goiás e do DF


João 11,1-45

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Naquele tempo havia um homem enfermo, Lázaro de Betânia, do povoado de Maria e de sua irmã Marta. Maria era a mesma que derramou perfume sobre o Senhor e o enxugou os pés com seus cabelos. Seu irmão Lázaro era o que estava enfermo. As irmãs mandaram dizer a Jesus: “Senhor, o que tu amas, está enfermo”. Ao ouvir isto, Jesus lhes disse: “Esta enfermidade não é mortal; é para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela”. Jesus amava muito a Marta, a sua irmã e a Lázaro. No entanto, quando ouviu que este se encontrava enfermo, permaneceu ainda dois dias mais no lugar onde estava. Depois disse a seus discípulos: “Voltemos à Judéia! Os discípulos lhe disseram: “Mestre, faz pouco os judeus queriam apedrejar-te, e queres volver lá?”. Jesus lhes respondeu: “Acaso não são doze as horas do dia? O que caminha de dia não tropeça, porque vê a luz deste mundo; ao contrário, o que caminha de noite tropeça, porque a luz não está nele”. Depois acrescentou: “Nosso amigo Lázaro dorme, porém eu vou despertá-lo”. Seus discípulos lhe disseram: “Senhor, se dorme, vai se curar”. Eles pensavam que falava do sono, porém Jesus se referia à morte. Então lhes disse abertamente: “Lázaro está morto, e me alegro por vocês de não ter estado lá, a fim de que creiam. Vamos vê-lo”. Tomás, o chamado Gêmeo, disse aos outros discípulos: “Vamos também nós morrer com ele”. Quando Jesus chegou, soube que Lázaro estava sepultado há quatro dias.
Betânia distava de Jerusalém só uns três kilômetros. Muitos judeus haviam ido consolar Marta e Maria, pela morte de seu irmão. Ao saber que Jesus chegava, Marta saiu ao seu encontro, enquanto Maria permanecia na casa. Marta disse a Jesus: “Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. Porém eu sei que ainda agora, Deus te concederá tudo o que lhe pedires”. Jesus lhe disse: “Teu irmão ressuscitará”. Maria lhe respondeu: “Sei que ressuscitará na ressurreição do último dia”. Jesus lhe disse: “Eu sou a Ressurreição e a Vida. O que crê em mim, ainda que morto viverá; e todo o que vive e crê em mim, não morrerá jamais. Crees isto?” Ela lhe respondeu: “Sim, Senhor, creio que tu és o Messias, o Filho de Deus, o que devia vir ao mundo”.
Depois foi chamar Maria, sua ir;mã, e lhe disse em voz baixa: “O Mestre está aqui e te chama”. Ao ouvir isto, ela se levantou rapidamente e foi ao seu encontro. Jesus não havia chegado ainda ao povoado, mas sim que estava no mesmo lugar onde Marta o havia encontrado. Os judeus que estavam na casa consolando Maria, ao ver que esta se levantava de repente e saía, a seguiram, pensando que ia ao sepulcro para chorar ali. Maria chegou onde estava Jesus e, ao vê-lo, se prostrou aos seus pés e lhe disse: “Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido”. Jesus, ao vê-la chorar a ela, e também aos judeus que a acompanhavam, comovido e perturbado, perguntou: “Onde o puseram?”. Responderam-lhe: “Vem, Senhor, e verás”. E Jesus chorou. Os judeus disseram: “Como o amava!”. Porém alguns diziam: “Este que abriu os olhos do cego de nascença, não poderia impedir que Lázaro morresse?”.
Jesus comovendo-se novamente, chegou ao sepulcro, que era uma cova com uma pedra encima, e disse: “Tirem a pedra”. Marta, a irmã do defunto, lhe respondeu: “Senhor, cheira mal; já faz quatro dias que está morto”. Jesus lhe disse: “Não te disse que se crês, verás a glória de Deus?”. Então tiraram a pedra, e Jesus, levantando os olhos ao céu disse: “Pai, te dou graças porque me ouviste. Eu sei que sempre me ouves, porém digo por esta gente que me rodeia, para que creiam que tu me enviou”. Depois de dizer isto, gritou com voz forte: “Lázaro, vem para fora!”. O morto saiu com os pés e as mãos atadas com panos, e o rosto envolto em um sudário. Jesus lhes disse: “Desatem-no para que possa caminhar”. Ao ver o que Jesus fez, muitos dos judeus que haviam ido á casa de Maria creram nele”.

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