Rubem Fonseca, escritor
O
escritor que inaugurou a escola literária brasileira conhecida, em
1975, como brutalista está com novo lançamento nas bancas. “Calibre 22”
não perde nada das características das prosas de Fonseca, sempre
cosmopolita, trágico, mas cheio de vida. A obra, que é lançada pelo
escritor de 91 anos, é a trigésima da sua carreira e faz ensaios sobre
todas as formas de discriminação, principalmente a homofobia e o
machismo.
Em todos os 31 contos do livro, o
preconceito é o fundamento da violência ou dos assassinatos, como é o
estilo de Rubem. O detetive Mandrake, famoso personagem do escritor,
está de volta na coletânea, para investigar o caso de assassinato que
envolve o editor de uma revista feminina.
Os
contos trabalham a violência e a morte de forma leve e sutil, como
“Colégio”, onde um aluno defende um amigo gay de agressões com uma
navalha. Já em “O homem não pode bater em mulher”, um senhor assassina
seu vizinho que batia na sua mulher. Ele revela que não suporta ver
homens que agridem mulheres. Em “Réveillon”, um homem que odeia as
festas de fim de ano mata um gordo rico.
O
escritor é um dos principais nomes da literatura do século XX no Brasil
ainda vivo. Aos 91 anos, ele escreve diariamente Em 2003, Rubens recebeu
o Prêmio Camões, destinado ao maior escritor de língua portuguesa do
mundo. A obra foi publicada pela editora Nova Fronteira e está
disponível na versão digital.
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