Páginas de direita estão divulgando informações falsas sobre o laudo dos
tiros que mataram a menina Maria Eduarda, de apenas 13 anos de idade,
na última sexta-feira, 31, quando ela estava dentro do colégio. As
informações falsas divulgadas no site "Juntos pelo Brasil" tem como
intuito inocentar os policiais, como os que foram presos por serem
filmados executando dois homens rendidos, e que estão envolvidos em 37
autos de resistência.
O próprio porta-voz da PM assumiu, no dia da morte de Maria Eduarda, que o brutal assassinato da jovem era um "dano colateral" da atuação policial.
Contudo, para os fanáticos defensores da polícia nas redes sociais, que
defendem a filosofia do "bandido bom é bandido morto" (ignorando o fato
de que não há "bandido" mais assassino que a própria polícia, que já matou 182 pessoas nos dois primeiros meses do ano
a respeito da morte de Maria Eduarda, afirmando que os disparos feitos
contra a menina teriam sido feitos por um fuzil AK-47, armamento que não
faz parte do arsenal utilizado pela polícia.
Em seguida, o site diz em seu texto: "E agora comunidade? Vai lá na
boca de fumo fazer protesto? Vão entregar o dono da favela? (...) Mais
uma vez aos bravos guerreiros que estavam trabalhando para manter a
ordem: os humilhados serão exaltados!"
Procurando divulgar suas informações falsas, os seguidores da página
comentaram nas postagens de páginas que divulgavam informações sobre a
luta pela justiça à Maria Eduarda. Na página do Facebook do Esquerda
Diário foram feitos comentários como esses:
Além da falsificação do laudo, os defensores da polícia assassina têm
utilizado outros métodos sujos, como a calúnia e a difamação de Maria
Eduarda, tal como uma foto de uma menina segurando um fuzil (abaixo),
que vem circulando pelas redes afirmando que se trataria de uma amiga da
jovem assassinada, e procurando, assim, justificar seu brutal
assassinato.
Os métodos das mentiras, das provas forjadas e da defesa aberta do
assassinato de inocentes ou de "marginais" não é nenhuma novidade. Faz
parte do método da polícia desde sempre, inclusive em seus "autos de
resistência", que são verdadeiras execuções legalizadas. Aliás, nunca é
demais lembrar que os dois policiais presos por executar dois homens rendidos
estavam envolvidos em outros 27 autos de resistência, e um deles
inclusive na morte de uma menina de 11 anos por "bala perdida". A única
diferença, dessa vez, é que foram filmados. Mas, como os policiais são
julgados por tribunais especiais, compostos por outros militares, eles
frequentemente são inocentados, mesmo com provas contundentes.
É preciso combater as calúnias e falsificações dos policiais e seus
apoiadores, e lutar por justiça. Pelo fim dos autos de resistência e
para que todos os casos sejam julgados por tribunais populares.
Basta de
mortes causadas pela polícia racista e assassina.
Disponível em: http://www.esquerdadiario.com.br/Direita-divulga-calunias-e-laudo-falso-dos-tiros-em-Maria-Eduarda-para-defender-a-PM
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