A ideia, agora, é que governos estaduais e municipais aprovem as
próprias mudanças em até seis meses. Se não o fizerem, seguirão regime
federal.
Temer e Padilha: outro recuo na reforma previdenciária
Michel Temer recuou do recuo anunciado na semana passada e os estados e municípios serão novamente incluídos no projeto do governo para a reforma da Previdência.
A ideia da cúpula federal é que uma emenda seja feita ao projeto a
tramitar no Congresso para determinar que os governos estaduais e
municipais terão seis meses para aprovar uma reforma previdenciária para
seus servidores. Caso não cumpram a diretriz, serão obrigados a seguir
as normas do regime federal.
A novidade foi apresentada à base do governo na Câmara pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, no fim da tarde de terça-feira 27, e contraria o anunciado na semana passada.
No último dia 21, em um pronunciamento convocado de forma inesperada, Temer apresentou a retirada dos estados e municípios como um aceno de respeito ao pacto federativo e à independência dos estados para tratar de suas próprias questões previdenciárias. Era, na realidade, uma tentativa de minar a resistência ao projeto que vinha sendo mobilizada por servidores estaduais e municipais.
O passar dos dias deixou claro que o anúncio foi feito de forma apressada, sem reflexão sobre consequências políticas ou mesmo legais. Nos últimos dias, o governo detectou que a retirada dos servidores foi mal recebida pelos governadores e pelo mercado financeiro, segundo o jornal Folha de S.Paulo, além de ser inconstitucional. O artigo 40 da Constituição, por exemplo, prevê regime previdenciário único para os servidores.
Na prática, a emenda dos seis meses vai pressionar governadores e prefeitos, uma vez que os servidores estaduais e municipais vão lutar pela aprovação de uma reforma mais benéfica para a categoria do que a oferecida pelo texto federal. O prazo exíguo deve, entretanto, inviabilizar a aprovação de reformas previdenciárias estaduais e municipais, fazendo com que a maioria dos estados e municípios sigam o regime federal.
Esta situação volta a jogar a pressão dos servidores sobre os deputados federais, em especial os da base do governo, que serão responsáveis por aprovar o projeto a servir de referência para todo o País. Era justamente essa pressão que o governo Temer buscava diluir quando, na semana passada, removeu os estados e municípios do projeto original.
Com informações da Agência Brasil
Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/politica/temer-recua-do-recuo-e-estados-e-municipios-devem-voltar-para-a-reforma-da-previdencia
A novidade foi apresentada à base do governo na Câmara pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, no fim da tarde de terça-feira 27, e contraria o anunciado na semana passada.
No último dia 21, em um pronunciamento convocado de forma inesperada, Temer apresentou a retirada dos estados e municípios como um aceno de respeito ao pacto federativo e à independência dos estados para tratar de suas próprias questões previdenciárias. Era, na realidade, uma tentativa de minar a resistência ao projeto que vinha sendo mobilizada por servidores estaduais e municipais.
O passar dos dias deixou claro que o anúncio foi feito de forma apressada, sem reflexão sobre consequências políticas ou mesmo legais. Nos últimos dias, o governo detectou que a retirada dos servidores foi mal recebida pelos governadores e pelo mercado financeiro, segundo o jornal Folha de S.Paulo, além de ser inconstitucional. O artigo 40 da Constituição, por exemplo, prevê regime previdenciário único para os servidores.
Na prática, a emenda dos seis meses vai pressionar governadores e prefeitos, uma vez que os servidores estaduais e municipais vão lutar pela aprovação de uma reforma mais benéfica para a categoria do que a oferecida pelo texto federal. O prazo exíguo deve, entretanto, inviabilizar a aprovação de reformas previdenciárias estaduais e municipais, fazendo com que a maioria dos estados e municípios sigam o regime federal.
Esta situação volta a jogar a pressão dos servidores sobre os deputados federais, em especial os da base do governo, que serão responsáveis por aprovar o projeto a servir de referência para todo o País. Era justamente essa pressão que o governo Temer buscava diluir quando, na semana passada, removeu os estados e municípios do projeto original.
Com informações da Agência Brasil
Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/politica/temer-recua-do-recuo-e-estados-e-municipios-devem-voltar-para-a-reforma-da-previdencia
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