É com a própria vida de Jesus, o Deus-conosco, que aprendemos o valor de nos humanizarmos.
Natal remete à memória do grande evento salvífico.
Por Felipe Magalhães*
Já há algum tempo estamos sentindo o clima natalino: as luzes tomam
conta das cidades e as decorações, desde cedo, apareceram nas lojas e
shoppings. Muitos se perguntam se o verdadeiro sentido do Natal
desponta, em meio a tantos sinais comerciais. Para além destas questões –
muito válidas e importantes –, esse tempo nos coloca num clima
existencial diferente: alguns, mais melancólicos; outros, numa alegre
expectativa.
Para os cristãos e cristãs, esse tempo remete à memória do grande
evento salvífico: Deus que assume um corpo humano, revelando-nos a
verdadeira solidariedade. Essa solidariedade entre as vidas divina e
humana são um convite a transformarmos nossas relações. É com a própria
vida de Jesus, o Deus-conosco, que aprendemos o valor de nos
humanizarmos. É preciso que reflitamos sobre isso!
A respeito do processo de humanização da humanidade, que é a realização de nossa vocação mais fundamental, o artigo Natal: a humanidade divinizada,
do Prof. Dr. Pe. Jaldemir Vitório, sj, aborda a questão da beleza da
encarnação, e o significado divinizador dela para a humanidade. A plena
realização de nossa humanidade, segundo o paradigma de Jesus, o Verbo
encarnado, é o caminho para que assumamos aquilo que Deus sonhou para
nós: participarmos de sua vida, em plena comunhão.
Esse caminho divinizador é aberto para toda a humanidade. E a
humanidade do Filho de Deus, que assumiu nossa carne, é paradigma de
nosso próprio processo de humanização. Nesse sentido, Jesus é a luz que
ilumina nossa existência. É o que nos ajuda a refletir o artigo A luz se fez carne: o mistério da encarnação como farol para a humanidade, do graduando em Teologia, Daniel Reis.
O terceiro artigo de nossa matéria especial, Natal: uma teopoesia necessária,
do Especialista Pe. Márcio Pimentel, reflete a questão do Natal e a sua
força para a humanidade, nesses tempos difíceis pelos quais passamos.
Fazendo uma leitura desde a perspectiva judaica do messianismo, o autor
nos ajuda a perceber a importância da encarnação do Verbo, para a
realização do sonho de Deus para nossa humanidade. Disso resulta a
importância da fazermos memória de tal evento, como possibilidade de
manter em nós viva a esperança!
A todos e todas um abençoado e iluminado Natal do Senhor!
*Felipe Magalhães Francisco é mestre em Teologia, pela
Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia. Coordena a Comissão
Arquidiocesana de Publicações, da Arquidiocese de Belo Horizonte.
Articula a Editoria de Religião deste portal. É autor do livro de poemas
Imprevisto (Penalux, 2015).
Disponível em: http://www.domtotal.com/noticia/1110407/2016/12/natal-do-senhor-a-salvacao-que-habita-nossa-humanidade/
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