quinta-feira, 27 de outubro de 2016

VÍTIMA DE HOMOFOBIA TEM ALTA NO RIO DEPOIS DE TER TRAUMATISMO CRANIANO

Jovem ainda teve a orelha cortada, o braço quebrado e vários ferimentos. Quatro dos cinco envolvidos foram encontrados, três deles são menores.

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José Francisco Costa Vieira, de 32 anos, vítima de um ataque brutal motivado por homofobia na madrugada da última segunda-feira (24), em Curicica, Zona Oeste, deixou o Hospital Municipal Miguel Couto na última quarta-feira (26). Ele teve que ser submetido a uma cirurgia de mais de seis horas e levou mais de 30 pontos no rosto e no queixo depois de ser espancado a pauladas, sofrer um traumatismo craniano ter o braço quebrado e uma orelha arrancada por um grupo de cinco jovens.
Quatro dos envolvidos no espancamento já foram encontrados. Três deles, menores de idade, foram apreendidos na última quarta-feira (26), em flagrante, quando invadiam uma casa vazia em Curicica, mesmo local do ataque. Um PM reconheceu um deles como sendo suspeito de envolvimento no crime e, na delegacia, um segundo jovem do trio confessou. José Francisco, que foi à delegacia prestar depoimento depois de sair do hospital, identificou o terceiro adolescente do trio como um de seus agressores.
Os jovens já eram suspeitos por furtos a comerciantes e residências da região. Também na última quarta (26), outro envolvido, maior de idade, foi preso. Ele não teve o nome divulgado. O quinto envolvido, outro menor, já foi identificado e reconhecido pela vítima e a Polícia Civil faz buscas.

"Vão responder inicialmente por tentativa de homicídio, foi um ato covarde, provavelmente pela vítima apresentar um comportamento homossexual, banalmente foi perseguida e atacada, agredida, e os mesmos só cessaram a gressão quando acreditaram que ela estava ao chão ferida fatalmente", disse o delegado.
O crime aconteceu na rua André Rocha, em Curicica, na Zona Oeste, quando o homem voltava pra casa depois de sair de um bar, na madrugada da última segunda-feira.
“Quebraram o braço dele, deram um golpe na cabeça dele com uma madeira que afundou o crânio dele. É um absurdo, não se pode imaginar que uma coisa dessa esteja acontecendo hoje no ano de 2016”, disse o cunhado.

“Eu acho que é um alento para família, um alento para vítima, um alento para sociedade de que não é possível aceitar situações de discriminação violência tão bárbara como essa sem uma resposta concreta. Ele levou pauladas, tem mais de 30 pontos na cabeça e no queixo, teve a orelha cortada, o braço quebrado, quer dizer, ele podia estar morto”, disse Claudio Nascimento, do Rio Sem Homofobia.

Disponível em:  http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2016/10/vitima-de-homofobia-tem-alta-no-rio-depois-de-ter-traumatismo-craniano.html 

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