Aprovada proposta que congela salários e retira recursos da saúde e educação.
Com 366 votos a favor e 111 contra foi aprovada em primeiro turno, na
Câmara dos Deputados, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
241/2016, que impõe o teto de gastos para o governo pelos próximos 20
anos. Na verdade, uma proposta de arrocho ao país. O PSOL votou contra.
O líder do partido, deputado Ivan Valente (SP), disse que a aprovação
da PEC 241/2016 é a catástrofe é iminente. “Há um silêncio cínico no
ar. No jantar de ontem, a base fechou a traição aos interesses dos
trabalhadores e vai ter que encarar isto. Nenhum país sério no mundo
fala em congelar gastos sociais por 20 anos, por uma geração inteira”,
afirmou.
“O Poder Legislativo, que é o ordenador de gastos, que é o que tem o
poder de fiscalizar, de direcionar e de aprovar o Orçamento, abriu mão. O
sistema político se degradou. Isso aqui é o sintoma da navegação na
antipolítica que tomou conta inclusive das eleições municipais no nosso
País. Por isso, abre-se mão escandalosamente e se suspeita da capacidade
de o sistema político operar durante 20 anos, cinco governos, uma
geração inteira o Congresso Nacional não apita mais sobre o orçamento
público, sobre o fundo público que serve para dar o bem-estar à
sociedade brasileira”, disse o deputado.
De acordo com Ivan Valente, o verdadeiro rombo nas contas públicas,
como a base governista alardeia, se deve ao pagamento de juros e
amortização da dívida pública. Para o deputado, a PEC é mais uma
sinalização do governo golpista de Michel Temer para o mercado
financeiro. “Mentem para o povo brasileiro. E nós teremos o quê? Muito
banqueiro feliz”.
A bancada do PSOL apresentou destaque para excluir o artigo 104 da
PEC 241, que veda reajustes, planos de carreira e concursos públicos a
servidores, incluindo militares, caso haja descumprimento do teto de
gastos.
Disponível em: http://www.psolnacamara.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3432%3Apsol-vota-contra-pec-241&catid=17&Itemid=71
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