"Que a Igreja tenha a coragem de ser alternativa ao mundo, mas sem garantia de sucesso." Foi o que pediu o Papa Francisco no Ângelus, no dia em que se celebra o Dia Mundial das Missões.
A reportagem é de Francesco Antonio Grana, publicada no sítio Faro di Roma, 23-10-2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
"Hoje – explicou Bergoglio aos inúmeros fiéis presentes na Praça de São Pedro – é tempo de missão e é tempo de coragem! Coragem para fortalecer os passos vacilantes, de retomar o gosto de se consumir pelo Evangelho, de readquirir a confiança na força que a missão traz consigo. É tempo de coragem, embora – ressaltou Francisco – ter coragem não signifique ter garantia de sucesso. É-nos exigida a coragem para lutar, não necessariamente para vencer; para anunciar, não necessariamente para converter. É-nos exigida a coragem para sermos alternativos ao mundo, mas sem nunca nos tornarmos polêmicos ou agressivos. É-nos exigida a coragem para nos abrirmos a todos, sem nunca menosprezar o caráter absoluto e a unicidade de Cristo, único Salvador de todos. É-nos exigida a coragem para resistir à incredulidade, sem nos tornarmos arrogantes. É-nos exigida também a coragem do publicano do Evangelho de hoje, que, com humildade, não ousa sequer levantar os olhos ao céu, mas batia no seu peito, dizendo: ‘Ó Deus, tem piedade de mim, pecador’. Hoje é tempo de coragem. Hoje é preciso coragem."
Para o papa, no relato autobiográfico que São Paulo faz na segunda leitura da liturgia deste domingo, "espelha-se a Igreja, especialmente hoje, Dia Missionário Mundial, cujo tema é ‘Igreja missionária, testemunha da misericórdia’. Em Paulo, a comunidade cristã encontra o seu modelo, na convicção de que é a presença do Senhor que torna eficaz o trabalho apostólico e a obra de evangelização. A experiência do apóstolo dos gentios – destacou Bergoglio – nos lembra que devemos nos engajar nas atividades pastorais e missionárias, por um lado, como se o resultado dependesse dos nossos esforços, com o espírito de sacrifício do atleta que não para nem mesmo diante das derrotas; por outro, porém, sabendo que o verdadeiro sucesso da nossa missão é dom da graça: é o Espírito Santo que torna eficaz a missão da Igreja no mundo".
Por esse motivo, Francisco indicou Nossa Senhora aos fiéis, "modelo da Igreja ‘em saída’'', para se tornarem "discípulos missionários" e "levar a mensagem da salvação a toda a família humana". Uma tarefa que Bergoglio já indicou no documento programático do seu pontificado, a exortação apostólica Evangelii gaudium, e que ele relembra continuamente não só com os seus apelos, mas especialmente com os seus gestos eloquentes, como, por exemplo, o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, com portas santas abertas em todo o mundo, começando por Bangui, na República Centro-Africana, cujo arcebispo estará entre aqueles que serão criados cardeais no dia 20 de novembro próximo.
A reportagem é de Francesco Antonio Grana, publicada no sítio Faro di Roma, 23-10-2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
"Hoje – explicou Bergoglio aos inúmeros fiéis presentes na Praça de São Pedro – é tempo de missão e é tempo de coragem! Coragem para fortalecer os passos vacilantes, de retomar o gosto de se consumir pelo Evangelho, de readquirir a confiança na força que a missão traz consigo. É tempo de coragem, embora – ressaltou Francisco – ter coragem não signifique ter garantia de sucesso. É-nos exigida a coragem para lutar, não necessariamente para vencer; para anunciar, não necessariamente para converter. É-nos exigida a coragem para sermos alternativos ao mundo, mas sem nunca nos tornarmos polêmicos ou agressivos. É-nos exigida a coragem para nos abrirmos a todos, sem nunca menosprezar o caráter absoluto e a unicidade de Cristo, único Salvador de todos. É-nos exigida a coragem para resistir à incredulidade, sem nos tornarmos arrogantes. É-nos exigida também a coragem do publicano do Evangelho de hoje, que, com humildade, não ousa sequer levantar os olhos ao céu, mas batia no seu peito, dizendo: ‘Ó Deus, tem piedade de mim, pecador’. Hoje é tempo de coragem. Hoje é preciso coragem."
Para o papa, no relato autobiográfico que São Paulo faz na segunda leitura da liturgia deste domingo, "espelha-se a Igreja, especialmente hoje, Dia Missionário Mundial, cujo tema é ‘Igreja missionária, testemunha da misericórdia’. Em Paulo, a comunidade cristã encontra o seu modelo, na convicção de que é a presença do Senhor que torna eficaz o trabalho apostólico e a obra de evangelização. A experiência do apóstolo dos gentios – destacou Bergoglio – nos lembra que devemos nos engajar nas atividades pastorais e missionárias, por um lado, como se o resultado dependesse dos nossos esforços, com o espírito de sacrifício do atleta que não para nem mesmo diante das derrotas; por outro, porém, sabendo que o verdadeiro sucesso da nossa missão é dom da graça: é o Espírito Santo que torna eficaz a missão da Igreja no mundo".
Por esse motivo, Francisco indicou Nossa Senhora aos fiéis, "modelo da Igreja ‘em saída’'', para se tornarem "discípulos missionários" e "levar a mensagem da salvação a toda a família humana". Uma tarefa que Bergoglio já indicou no documento programático do seu pontificado, a exortação apostólica Evangelii gaudium, e que ele relembra continuamente não só com os seus apelos, mas especialmente com os seus gestos eloquentes, como, por exemplo, o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, com portas santas abertas em todo o mundo, começando por Bangui, na República Centro-Africana, cujo arcebispo estará entre aqueles que serão criados cardeais no dia 20 de novembro próximo.
Disponível em: http://www.ihu.unisinos.br/maisnoticias/noticias/561484-papa-a-coragem-de-ser-alternativo-no-mundo-mas-nunca-polemico-agressivo-e-arrogante
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