Empresa estatal perde obrigatoriedade de investimento na área do pré-sal
após aprovação de projeto na Câmara; petroleiras estrangeiras devem
começar a assumir poços de petróleo no local.
Já era esperado: a aprovação da mudança na obrigatoriedade da Petrobras
investir na exploração do pré-sal alude a uma antiga contribuição do
site Wikileaks ao Brasil. Lá atrás, em 2011, o portal de Julian Assange
deu a chave, dizendo que José Serra (PSDB-SP), ex-senador e atual
Ministro de Relações Exteriores do governo ilegítimo de Michel Temer
(PMDB-SP), seria a garantia dessa alteração na legislação.
O PLS (Projeto de Lei do Senado) 131, aprovado ontem (5),
de autoria de Serra, tem o objetivo simples de "livrar a empresa das
obrigações de ser a operadora exclusiva em todos os campos do pré-sal e
de arcar, simultaneamente, com 30% de todos os investimentos", segundo artigo do Ministro para o jornal O Estado de S.Paulo.
A retomada do crescimento da empresa tende a ser mais lenta uma
vez que perde espaço naquilo que já foi a menina dos olhos do governo
federal e até mesmo do país. Por outro lado, é o novo governo que toma
para si o poder de ceder para as empresas estrangeiras a exploração,
como também avaliou Serra em artigo:
"O projeto deixa 100% do controle do pré-sal nas mãos do poder público
brasileiro", afirmando posteriormente, "Dizer que as empresas
estrangeiras vão tomar o pré-sal é o tutu marambá que os marmanjos
jurássicos usam para criar sobressalto no coração das gentes".
De fato, não vão tomar: vão receber de mãos beijadas do Ministro que acredita estar nos "Estados Unidos do Brasil" e conta nos dedos tentando identificar a correspondência das letras dos BRICS, principais parceiros econômicos do Brasil.
Não é minimamente razoável acreditar que a empresa possa se beneficiar ao não investir em uma tecnologia da qual é pioneira,
enquanto concorrentes internacionais faturam com a produção de barris
de petróleo em áreas que não somente não têm acesso hoje, como também
não têm tecnologia semelhante para imergir com suas perfuradoras, como a
empresa estatal brasileira possui.
Além disso, ainda que
regulado pela ANP (Agência Nacional de Petróleo) e pelo Executivo
controlado pelo PMDB, é certo que com Michel Temer a frente, com a
caneta para decidir, o processo de cessão dos campos de exploração deve
ser, como diz Serra,
acelerado, uma vez que é preciso mais royalties para garantir que sua
base aliada permaneça fiel aos seus planos de austeridade, ou melhor, de
retrocessos.
O prejuízo a longo prazo deve ser a estatal enfraquecida no
mercado internacional diante do crescimento tecnológico das suas
concorrentes, principalmente a Chevron, que mantem laços estreitos com o ministro, como provou os telegramas divulgados pelo Wikileaks.
Em
suma, a maior empresa brasileira chega ao seu declínio maior ao
deparar-se com políticos que a esfaqueiam dando tapinhas nas costas sob
flashs da mídia, discursam afirmando que assim ela estará melhor e
apoiam-se no discurso do anti-petismo e da corrupção na empresa para
enfim iniciar o seu processo de privatização.
Disponível em: https://ninja.oximity.com/article/O-primeiro-passo-para-a-privatiza-1
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