quarta-feira, 6 de julho de 2016

"VIVEMOS UM RETROCESSO NA GARANTIA DOS DIREITOS DOS LGBT", DIZ SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS

Em nota, secretaria afirma estar acompanhando de perto as investigações da Delegacia de Homicídios.



No último sábado (2), o corpo do estudante de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Diego Vieira Machado, foi encontrado no campus da Ilha do Fundão. De acordo com amigos do estudante, e com indícios vistos pela polícia, o crime foi motivado por racismo e homofobia. Nesta segunda-feira (4), a secretaria de estado de Assistência Social e Direitos Humanos divulgou nota afirmando que está acompanhando o caso de perto.
“Sobre a morte do estudante da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que foi encontrado morto às margens da Baía de Guanabara, na Ilha do Fundão, na Zona Norte do Rio, na noite de sábado, a secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos informa que acompanha de perto as investigações sobre a morte do estudante Diego Machado e recomendou à Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos e à Subsecretaria de Direitos Humanos o empenho no atendimento dos amigos e parentes do aluno da UFRJ. O secretário Paulo Melo classificou como grave o assassinato por haver indícios de que o crime foi de homofobia. "Se confirmar que se trata de um crime de homofobia será a confirmação de que vivemos um período de retrocesso na garantia dos direitos civis da população LGBT. Somente no mês de junho foram sete assassinatos contra esta população e, alguns, com viés de homofobia. É preciso trabalhar intensamente pelo fim de qualquer tipo de preconceito no estado do Rio de Janeiro, seja por credo, cor ou orientação sexual", destacou o secretário, que disse acreditar no trabalho da Polícia Civil e na prisão dos culpados pela morte de Diego.” Diz a nota divulgada pela secretaria.
Nordestino, negro e gay, polícia acredita que estudante foi vítima de crime de racismo, xenofobia e homofobia
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Na noite do último domingo, o delegado titular da Divisão de Homicídios (DH) da Capital, Fábio Cardoso, comentou que a polícia trabalha com a realização de um crime motivado por questões homofóbicas e racistas.
" Uma das linhas de investigação mais consistentes e mais fortes indicam que ele foi morto por crime de homofobia e racismo. O corpo foi encontrado sem calça, apenas com camisa. Ele teria sido abordado no campus e agredido na cabeça. Está sendo feita a necropsia. É um crime covarde e cruel, que precisa de uma resposta rápida.", explicou o delegado titular da Divisão de Homicídios da capital, Fábio Cardoso.
Ligado ao governo do estado, o Instituto Rio Sem Homofobia divulgou nota através de uma rede social afirmando que irá acompanhar o caso junto à DH. Na nota, o instituto revela que, semanas antes, amigos do estudante relataram ameaças vindas de grupos mais conservadores da universidade.
"Recebemos nesta amanhã, a comunicação de mais um assassinato de um jovem gay, encontrado morto ontem à tarde [sábado, 2] no Campus do Fundão da UFRJ. Segundo informações, trata-se de um aluno cotista, estudante de Belas Artes e natural de Belém do Pará. Os amigos denunciaram para o Programa Rio Sem Homofobia que, dias antes do crime, os estudantes cotistas receberam ameaças de grupos conservadores da universidade. De acordo com a denúncia, as ameaças foram endereçadas a negros e gays. Já encaminhamos as informações para a Polícia Civil".
Disponível em:  http://www.jb.com.br/rio/noticias/2016/07/04/vivemos-um-retrocesso-na-garantia-dos-direitos-dos-lgbt-diz-secretaria-de-direitos-humanos/?from_rss=None

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