Governador repete expediente usado em 2010 quando, após denúncia da Veja, pediu e conseguiu posicionamento oficial da Polícia Federal isentando-o de denúncia.
O governador do Ceará, Cid Gomes (Pros), enviou ofício ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, à diretoria geral da Polícia Federal e ao procurador geral da União, pedindo que se pronunciem e neguem a vinculação de seu nome ao escândalo da Petrobrás, feita pela revista IstoÉ. Em entrevista nesta quinta-feira (18), em Iguatu, governador definiu a informação da revista como “flagrante mentira”. O pedido de defesa de Cid Gomes ao MPF, STF e PF foi antecipada nesta tarde pela rádio Tribuna Band News FM.
Com esses ofícios, o governador repete expediente usado em 2010, quando a revista Veja publicou reportagem em que ele e seu irmão, Ciro Gomes (Pros), são acusados de desvio de R$ 300 milhões. Cid lembrou que, há quatro anos, obteve declaração da PF isentando-o de participação no esquema denunciado. “Agora, como o processo corre em segredo de Justiça, eu não consigo pegar essa declaração, apesar do meu esforço”, afirmou. Conforme mostra pelo Tribuna do Ceará nesta quarta-feira, o segredo de Justiça ao qual Cid faz referência já não existe mais, por decisão do STF. Segundo IstoÉ, Cid foi citado, entre outros políticos, como um dos membros da base aliada do Governo Federal envolvidos no suposto esquema de corrupção da Petrobrás. Ele teria sido delatado por Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da estatal.
Nesta que foi a primeira entrevista do governador após a reportagem da IstoÉ, Cid se mostrou indignado com o episódio. “Eu tenho uma honra e essa honra não pode ser atacada de forma mentirosa e caluniosa”, disse. Segundo ele, a revista Veja também mentiu, há quatro anos. “A história da veja, o que é deu? Se eu tivesse alguma coisa, eu já devia estar preso. Mas é claro que eu não tinha nenhuma relação. Do mesmo jeito agora que tentaram envolver meu nome em um escândalo que é nacional”, afirmou o governador.
Ouça a primeira declaração pública de Cid Gomes sobre o caso:
(com informações do repórter Fagner Leandro, da Jangadeiro FM de Iguatu)
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