sexta-feira, 19 de setembro de 2014

CASAMENTO COLETIVO REÚNE 12 CASAIS GAYS E UM HETEROSSEXUAL NO AMAZONAS



Visto no iGAy

Muitos noivos gays, muitas noivas lésbicas e apenas um casal hetero. Foi assim o casamento coletivo que reuniu 13 casais no auditório da sede da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Amazonas (OAB/AM), na terça-feira (16). O iGay quer dar os parabéns aos 12 casais homoafetivos e também ao heterossexual, por ter se casado e também por ter feito parte da celebração onde era a minoria.

"Informamos que seria um casamento coletivo homoafetivo. Ao serem perguntados se ainda queriam participar, eles responderam: 'Vamos, mas será que eles (os homoafetivos) vão querer casar com a gente?'. Isso prova que, muitas vezes, a gente enxerga preconceito onde não tem", disse Alexandra Zangerolame, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/AM, órgão que promoveu a iniciativa, a quarta deste tipo no Brasil.
 

 
Ponto para Manaus, que realizou o evento festivo sem nenhum tumulto, diferente do casamento coletivo realizado no Rio Grande do Sul no sábado (13), onde apenas um dos casais era gay e foi motivo suficiente para um incêndio criminoso ser provocado no local da cerimônia.

A defesa do direito à felicidade fez parte do discuros do juiz Luiz Carlos Chaves, da 4ª Vara Civil de Família e Sucessões, que realizou ano passado o primeiro casamento homoafetivo do Estado. Ele reprovou publicamente a conduta dos juízes de paz que se recusam a realizar casamento homoafetivos. “Não podemos ter membros do Judiciário impondo as suas crenças e tolhendo pessoas de seus direitos civis. Trabalhamos para que, mais para frente, essa prática não seja mais notícia, e sim que esteja arraigadA no cotidiano das pessoas.”
 


 
Com o casamento, os casais gays garantem sua segurança jurídica e têm assegurados direitos como herança, pensão alimentícia, previdência, sucessão. “Ele veio para resolver uma situação muito comum, de casais homoafetivos que moravam, às vezes, 15, 20 anos juntos, construíam uma história e, quando um morria, a família tomava tudo alegando que o companheiro não tinha direito”, disse a advogada Neila de Lourdes Tabosa, que estava se casando também.

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