Se nos pudéssemos lembrar sempre de que Cristo é comunhão...
Ele não veio a Terra para criar mais uma religião, mas para dar a todos a possibilidade de uma comunhão em Deus. Os seus discípulos são chamados a, humildemente, ser fermento de confiança e de paz na humanidade.
Quando a comunhão entre os cristãos é uma vivência, e não uma teoria transporta um brilho de esperança. Mais ainda: ela pode sustentar a indispensável busca da paz do mundo.
Assim sendo, como é que os cristãos podem continuar ainda separados?
A reconciliação dos cristãos é hoje urgente. Não pode ser eternamente adiada para mais tarde, até ao fim dos tempos.
Ao longo dos anos, a vocação ecumênica proporcionou partilhas extraordinárias. São as premissas de uma reconciliação. Mas quando a vocação ecumênica não se concretiza em comunhão, não leva a lado nenhum.
O Patriarca ortodoxo grego de Antioquia, Inácio IV, que voltou para o Pai em 2012 é o autor destas palavras impressionantes: “As nossas divisões tornam Cristo irreconhecível. Precisamos urgentemente de iniciativas proféticas que façam sair o ecumenismo dos meandros nos quais receio que esteja se enterrando. Temos uma necessidade urgente de profetas e de santos que ajudem as nossas Igrejas a converterem-se através do perdão recíproco”. E o Patriarca apelava a que se “privilegiasse a linguagem da comunhão em vez da linguagem da jurisdição”.
O papa João Paulo II, ao receber em Roma os responsáveis da Igreja Ortodoxa da Grécia, falava do “ecumenismo da santidade, que nos conduzirá por fim à comunhão plena, que não é nem uma absorção nem uma fusão, mas um encontro na verdade e no amor”.
Na longa história dos cristãos, a certa altura, multidões de crentes deram por si separadas, por vezes sem sequer saber por quê. Hoje é essencial fazer tudo para que o maior número possível de cristãos, freqüentemente inocentes nessas separações, se descubram em comunhão.
Ele não veio a Terra para criar mais uma religião, mas para dar a todos a possibilidade de uma comunhão em Deus. Os seus discípulos são chamados a, humildemente, ser fermento de confiança e de paz na humanidade.
Quando a comunhão entre os cristãos é uma vivência, e não uma teoria transporta um brilho de esperança. Mais ainda: ela pode sustentar a indispensável busca da paz do mundo.
Assim sendo, como é que os cristãos podem continuar ainda separados?
A reconciliação dos cristãos é hoje urgente. Não pode ser eternamente adiada para mais tarde, até ao fim dos tempos.
Ao longo dos anos, a vocação ecumênica proporcionou partilhas extraordinárias. São as premissas de uma reconciliação. Mas quando a vocação ecumênica não se concretiza em comunhão, não leva a lado nenhum.
O Patriarca ortodoxo grego de Antioquia, Inácio IV, que voltou para o Pai em 2012 é o autor destas palavras impressionantes: “As nossas divisões tornam Cristo irreconhecível. Precisamos urgentemente de iniciativas proféticas que façam sair o ecumenismo dos meandros nos quais receio que esteja se enterrando. Temos uma necessidade urgente de profetas e de santos que ajudem as nossas Igrejas a converterem-se através do perdão recíproco”. E o Patriarca apelava a que se “privilegiasse a linguagem da comunhão em vez da linguagem da jurisdição”.
O papa João Paulo II, ao receber em Roma os responsáveis da Igreja Ortodoxa da Grécia, falava do “ecumenismo da santidade, que nos conduzirá por fim à comunhão plena, que não é nem uma absorção nem uma fusão, mas um encontro na verdade e no amor”.
Na longa história dos cristãos, a certa altura, multidões de crentes deram por si separadas, por vezes sem sequer saber por quê. Hoje é essencial fazer tudo para que o maior número possível de cristãos, freqüentemente inocentes nessas separações, se descubram em comunhão.
Eu me pergunto, porque quando as pessoas são leigas, sem funções na igreja, mas são pessoa de profunda fé, elas são ecumênicas e adoram a Deus e servem ao próximo juntos (a não ser os evangélicos, fanatizados por maus pastores, que as convencem que o outro, o diferente, “é o inimigo”), mas quando tem alguma liderança, como por exemplo, de um grupo de oração, se tornam intolerantes com os outros? Porque os padres católicos romanos não se formam nos seminários para o ecumenismo, para sua vivencia e prática concreta? (os pastores evangélicos fundamentalistas e proselitistas, nós sabemos por que). Será que é por causa desta falácia de que a igreja romana “é a única e a primeira igreja fundada por Jesus Cristo”? Sim, isto é um equivoco (ou uma mentira?), pois antes de Roma, havia Igreja em Jerusalém, em Damasco, em Antioquia, em Alexandria... E não havia Apóstolo em Roma, se não, porque Paulo teve que interferir na igreja de lá com sua Carta aos Romanos E porque o mesmo Apóstolo dos gentios, quando escreve de lá, não cita nenhum dos Apóstolos? Será que a dificuldade de se viver um ecumenismo de verdade é por arrogância, vaidade ou medo?
Será que a Igreja pode dar sinais de grande abertura, tão grande que se possa constatar que os que no passado estavam divididos já não estão separados, mas vivem agora em comunhão?
Será dado um passo em frente quando se verificar que existe já uma vida de comunhão em alguns lugares do mundo. Será preciso coragem para constatá-lo e para nos adaptarmos. Os textos virão depois. Se privilegiarmos os textos, não acabaremos por nos distanciar da interpelação do Evangelho: “Vai primeiro reconciliar-te” (Mt 524)?
São inúmeras as pessoas que desejam a reconciliação do fundo do coração. Aspiram a esta alegria infinita: um só amor, um só coração e uma só e mesma comunhão. O papa Francisco tem feito um esforço enorme, mas porque este esforço não se traduz em ações concretas na base da Igreja?
Sim, a comunhão é a pedra de toque. Ela nasce em primeiro lugar no coração de cada cristão, no silêncio e no amor. Começa, desde logo, no interior de cada pessoa.
Há cristãos que, sem esperar mais, vivem já reconciliados nos lugares onde se encontram, de forma muito humilde e simples.
Através das suas próprias vidas, gostariam de tornar Cristo presente para muitas outras pessoas. Sabem que a Igreja não existe para si mesma, mas para o mundo, para nele depositar um fermento de paz e de justiça.
“Comunhão” é um dos mais belos nomes da Igreja: nela não há lugar para a brusquidão recíproca, mas apenas para a clareza, a bondade do coração, a compaixão...
Nesta comunhão única que é a Igreja, Deus dá-nos tudo para irmos às fontes: o Evangelho, a Eucaristia, a paz do perdão... E a santidade de Cristo deixa de ser inalcançável; está presente, muito próxima.
Que ao menos os cristãos se reconciliem para dar testemunho juntos, para que o mal não prevaleça, para que se salvem no Dia do Juízo... Ninguém precisa romper com sua tradição, nem deixar de ser o que é meu apelo é por reconciliação, por boa vontade, por unidade na diversidade.
Padre Antônio Piber
Abade do MOSTEIRO FRANCISCANO DOMUS MARIAE
Disponível em: https://www.facebook.com/peantonio.piber/posts/1237152793066308
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