Ataques aconteceram depois de ato
de coletivo LGBT
Pichações homofóbicas e machistas nas portas de banheiros do Mackenzie Foto: https://www.facebook.com/coletivolgbtmack/
Na quinta-feira, 23, a Universidade Presbiteriana Mackenzie amanheceu
com pichações de cunho machista e homofóbico nas portas dos banheiros da
faculdade. Depois de um ato organizado pelo coletivo LGBT dentro do
campus, alunos escreveram "gay não é gente", "Bolsonaro 2018", "viado e
feminista no Mack não", entre outras ofensas.
Isabela Rezende, 21 anos, membro do coletivo LGBT do Mackenzie e
estudante de direito na universidade afirma que expressões de ódio
ocorrem na universidade desde 2015. As primeiras foram de cunho racista
e, agora, lgbtfóbicas e machistas.
"Ontem teve um ato de homossexuais andando de mãos dadas e nós
acreditamos que as pichações tenham ocorrido como uma forma de revolta a
esse ato", explica. O coletivo LGBT escreveu uma nota de repúdio ao ato
com o apoio dos Coletivos Afromack, FFM (Frente Feminista Mackenzista) e
Frente Ampla Mackenzie da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Na opinião de Isabela, esse tipo de manifestação oprime as
minorias e deixa um clima de medo na universidade. "Acredito que você tá
em um ambiente em que esse tipo de manifestação ocorre, é um ambiente
de opressão e até perseguição às minorias na universidade."
Os coletivos também se uniram para mandar um e-mail para a
reitoria do Mackenzie, no entanto, não tiveram resposta. De acordo com
Isabela, em outros casos, como atos racistas dentro da universidade, a
direção não tomou nenhuma atitude. Para a aluna, há duas medidas que
devem ser tomadas para mudar o ambiente: "Procurar os responsáveis e
puni-los administrativamente. Mas também tem de ter uma mudança de
mentalidade tanto da instituição quanto dos alunos".
Em nota oficial, a Universidade Presbiteriana Mackenzie se
mostrou surpresa com os ataques. "A Universidade Presbiteriana Mackenzie
foi surpreendida por manifestações anônimas, de caráter
discriminatório, encontradas no ambiente reservado de banheiros. Por seu
princípio confessional esta Universidade não faz, não apoia e condena
quaisquer tipos de discriminação, repudia violência física e verbal e
seguirá defendendo seus princípios de respeito e amor ao próximo."
Leia a nota de repúdio do coletivo LGBT na íntegra:
NOTA DE REPÚDIO
O Coletivo LGBT Mackenzista, com o apoio dos Coletivos Afromack, FFM (Frente Feminista Mackenzista) e Frente Ampla Mackenzie da Universidade Presbiteriana Mackenzie vem, por meio deste, manifestar seu total repúdio às pichações de cunho LGBTfóbico e machista encontradas hoje, 22/02/2017, nos banheiros dos prédios 4, 6, 24 e 25 da Instituição.
Não por acaso, essas expressões de intolerância ocorreram momentos após um grupo de estudantes LGBTs decidirem andar ...
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O Coletivo LGBT Mackenzista, com o apoio dos Coletivos Afromack, FFM (Frente Feminista Mackenzista) e Frente Ampla Mackenzie da Universidade Presbiteriana Mackenzie vem, por meio deste, manifestar seu total repúdio às pichações de cunho LGBTfóbico e machista encontradas hoje, 22/02/2017, nos banheiros dos prédios 4, 6, 24 e 25 da Instituição.
Não por acaso, essas expressões de intolerância ocorreram momentos após um grupo de estudantes LGBTs decidirem andar ...
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Disponível em: http://emais.estadao.com.br/noticias/comportamento,banheiros-de-universidade-sao-pichados-com-ofensas-homofobicas-e-machistas,70001677216
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