terça-feira, 2 de agosto de 2016

PIAUÍ: COZINHEIRO DENUNCIA AGRESSÃO DE POLICIAIS MILITARES POR HOMOFOBIA

PI Cozinheiro denuncia agressão de policiais militares por homofobia

Um cozinheiro de 38 anos denunciou quatro policiais militares pelo crime de homofobia. Além dos PM’s, o ex-companheiro e a mãe também foram denunciados.
Segundo a vítima, ele foi até uma residência buscar uma quantia em dinheiro a pedido do próprio ex, pois ele estava devendo, quando foi surpreendido com a mãe do ex-companheiro chegando ao local acompanhando dos policiais.
A vítima registrou boletim de ocorrência e também buscou a Defensoria Pública e a Corregedoria da Polícia Militar para denunciar a agressão. O cozinheiro relatou que foi agredido pelos policiais e estava sendo acusado de manter o ex em cárcere privado.
“O filho dela estava me acusando de mantê-lo em cárcere privado. Os policiais me jogaram no chão, me pisaram, me chutaram, me mandaram criar vergonha na minha cara. Que eu tinha que procurar uma mulher, tipo como uma homofobia. Um dos policiais pegou as minhas duas mãos, começou a torcer e eu gritei porque ele ia quebrar. Quando eu comecei a gritar, a população também gritou para eles pararem porque eu era um cidadão. A vizinhança via que eu sempre ia lá. Eu sempre conversava com ele lá fora; nunca fui lá por maldade. Eu fui lá buscar por um dinheiro que era meu. A mãe dele não assume que o filho dela gosta. Ela dizia que eu era um doente”, relatou a vítima.
Além disso, o cozinheiro afirmou que a agressão só acabou porque um dos policiais pegou o celular dele para ler as mensagens. Elas comprovam que o cozinheiro foi chamado até o local para buscar o dinheiro.
“No que eles leram as mensagens, baixaram a bola. Ele pediu o celular, e eu disse que iria mostrar as mensagens porque se eu estava lá foi porque ele me chamou. Aí mandaram eu subir na moto e ir embora. Eles ainda conferiram a minha moto pra saber se era roubada. Eu não tinha uma arma de fogo, uma faca. Eu fui pra casa, peguei meu documento e fui registrar o B.O, mas o policial lá não quis registrar. Aí, outro policial disse: esse caso é o mesmo da mulher que veio agora. A mãe dele falou com os policiais. Sabe, eu não conseguia dormir, eu me sentia um ninguém. Elas até passaram aqui na rua e pegaram meu endereço”, disse o cozinheiro.
A vítima também denunciou que, no dia da agressão, não conseguiu registrar um Boletim de Ocorrência na delegacia da área, mas o ex-companheiro fez o registro. O tenente-coronel Jhon Feitosa garantiu que o caso está sendo apurado.
Disponível em:  http://www.cenag.com.br/pi-cozinheiro-denuncia-agressao-de-policiais-militares-por-homofobia/

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