Aproximar-se dos significados da Ressurreição do Cristo
requer exercícios que, por vezes, as perspectivas de cientificismo
moderno os fazem parecer impossíveis. É por isso que o teólogo Leonardo Boff reitera a perspectiva de que ressuscitar é muito mais do que trazer um corpo morto à vida, como o próprio Cristo fez com Lázaro, que, mais tarde, tornou a morrer. “Ressurreição é a irrupção do ‘novissimus Adam’
de São Paulo (1Cor 15,45). Vale dizer que é a completa realização de
todas as virtualidades incontáveis presentes no ser humano”, define.
Assim, ele reconhece que é preciso um denso movimento de descolamento do
mundo biológico, em que só a razão é capaz de fornecer explicações. “[A
Ressurreição] não é um fato histórico passível de ser detectado por uma máquina fotográfica ou pela televisão. É um fato que aconteceu em Jesus, acessível pela fé dos testemunhos”, pontua.
Na entrevista a seguir, concedida por e-mail à IHU On-Line, Boff ainda explica que “a Ressurreição é a concretização da utopia pregada por Jesus, o Reino de Deus que implica a superação da morte e do morrer”.
Mas como compreender isso, relegando provas (científicas) concretas? É
aí que, segundo o teólogo, a narrativa mítica se inscreve como
alternativa. “O melhor caminho é elaborar narrativas e projetar mitos
que, no sentido moderno do termo, é um meio de expressar o indizível. O
mito não inventa o fato, dá-lhe uma forma que possamos compreendê-lo”,
explica.
Leonardo Boff
é doutor em Teologia pela Universidade de Munique. Foi professor de
teologia sistemática e ecumênica com os Franciscanos em Petrópolis e,
depois, professor de ética, filosofia da religião e de ecologia
filosófica na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. É assessor de
movimentos populares, reconhecido pelo seu trabalho com a Teologia da
Libertação e nas áreas de filosofia, ética, espiritualidade e ecologia.
Publicou diversos livros acerca desses temas, dos quais destacamos Nossa ressurreição na morte (Petrópolis: Vozes, 2012), Jesus Cristo libertador (Petrópolis: Vozes, 2011), Cristianismo: o mínimo do mínimo (Petrópolis: Vozes, 2011) e Imitação de Cristo de Tomás de Kempis e Seguimento de Jesus (Livro V) (Petrópolis: Vozes, 2016). Ecologia - Grito da terra, grito dos pobres. Dignidade e direitos da mãe terra (Petrópolis: Vozes, 2015).
Confira a entrevista.
IHU On-Line – O senhor diz que a Ressurreição representa “uma revolução na evolução”. Gostaria que detalhasse essa perspectiva.
IHU On-Line – Em que medida a Modernidade inebria o entendimento pleno do conceito de Ressurreição?
Leonardo Boff – Não vejo que a Modernidade tenha interesse no tema da Ressurreição, não nos autores que conheço. Preocupam-se sim pelo tema da morte. Por outro lado, se tivermos um conceito mais aprofundado do ser humano, aí sim aponta o tema da Ressurreição. Se concedermos que o ser humano é um projeto infinito e devorado por um desejo que não conhece limites, como Aristóteles [1] e Freud
[2] reconheceram, aí se coloca a questão: qual é o objeto adequado ao
seu impulso infinito e ao obscuro objeto de seu desejo infinito?
Só um infinito sacia nossa sede de infinito, só uma vida que seja
eterna faz descansar o desejo. É a famosa experiência agostiniana do “cor inquietum” que somente repousa quando encontra Deus. O sentido da vida é mais vida, é a plenitude da vida. É aquilo que nós cristãos chamamos de Ressurreição.
O sentido da vida é mais vida, é a plenitude da vida. É aquilo que nós cristãos chamamos de Ressurreição
IHU On-Line – Em que medida a Modernidade inebria o entendimento pleno do conceito de Ressurreição?
Leonardo Boff – Não vejo que a Modernidade tenha interesse no tema da Ressurreição, não nos autores que conheço. Preocupam-se sim pelo tema da morte. Por outro lado, se tivermos um conceito mais aprofundado do ser humano, aí sim aponta o tema da Ressurreição. Se concedermos que o ser humano é um projeto infinito e devorado por um desejo que não conhece limites, como Aristóteles [1] e Freud
[2] reconheceram, aí se coloca a questão: qual é o objeto adequado ao
seu impulso infinito e ao obscuro objeto de seu desejo infinito?
Só um infinito sacia nossa sede de infinito, só uma vida que seja
eterna faz descansar o desejo. É a famosa experiência agostiniana do “cor inquietum” que somente repousa quando encontra Deus. O sentido da vida é mais vida, é a plenitude da vida. É aquilo que nós cristãos chamamos de Ressurreição.
IHU On-Line – No que consiste o "ressuscitar" segundo a Teologia e a Antropologia?
Leonardo Boff – Ressurreição não pode ser identificada com a reanimação de um cadáver como o de Lázaro [3] que, por fim, acabou morrendo. Ressurreição é a irrupção do “novissimus Adam”
de São Paulo (1Cor 15,45). Vale dizer, é a completa realização de todas
as virtualidades incontáveis presentes no ser humano. Se ele é um
projeto infinito, a Ressurreição representa o momeem em que estas virtualidades chegam a sua plena floração.
A Ressurreição é a concretização da utopia pregada por Jesus, o Reino de Deus que implica a superação da morte e do morrer
IHU On-Line – Quais o limites de se buscar a Ressurreição
como um dado histórico? E de que forma a leitura mítica pode ampliar o
entendimento acerca da Ressurreição?
Leonardo Boff – Ninguém viu a ressurreição de Jesus.
Temos apenas testemunhos de pessoas às quais deixou-se ver. E há apenas
sinais como o sepulcro vazio e suas vestes. Portanto, não é um fato
histórico passível de ser detectado por uma máquina fotográfica ou pela
televisão. É um fato que aconteceu em Jesus, acessível pela fé dos testemunhos.
Esse evento não pertence ao mundo do bios, da vida biológica que sempre termina na morte. Por isso os textos judiciosamente falam em Zoé, que significa uma vida eterna. Também não dizem: nós vimos o Senhor, mas Ele deixou-se ver (óphte em grego, que é o medial de oráo). A iniciativa parte de Jesus e não dos apóstolos, aos quais permite vê-lo. Poderíamos dizer que a Ressurreição é a concretização da utopia pregada por Jesus, o Reino de Deus que implica a superação da morte e do morrer. Não sem razão que Orígenes [4], um dos mais geniais teólogos cristãos do norte do Egito no século III, denomina a ressurreição como a autobasileia tou Chritou. Traduzindo: a autorrealização do Reino em Cristo.
Quando as realidades são grandes demais, faltam-nos conceitos e
palavras. O melhor caminho é elaborar narrativas e projetar mitos que no
sentido moderno do termo (em C.G. Jung e nos antropólogos) é um meio de
expressar o indizível. O mito não inventa o fato, dá-lhe uma forma que
possamos compreendê-lo. Nessa linha dever-se-ia pensar a ressurreição de
Jesus. Antropologicamente ela é fecunda, pois vem ao encontro daquilo
que de utópico e infinito discernimos no ser humano.
O mito não inventa o fato, dá-lhe uma forma que possamos compreendê-lo
IHU On-Line – Muitos estudiosos defendem que a Ressurreição
do Cristo é a vitória da vida sobre a morte. Como podemos compreender
tal perspectiva?
Leonardo Boff – A vida é chamada para a vida e não
para a morte, mesmo quando sabemos que vamos morrer um dia. Esse é o
anseio fundamental do ser humano, não apenas viver muito, mas, como
notava Nietzsche [5], viver eternamente. Nesse sentido, a Ressurreição representa um tipo de vida tão plena que nela não penetra a morte.
Mas para isso ela precisa se transfigurar, vale dizer, realizar
totalmente o ser humano em suas infindáveis possibilidades. Não vivemos
para morrer, como diriam os existencialistas. Morremos para ressuscitar.
Dom Pedro Casaldáliga [6] o formulou bem: a alternativa crista é: ou vida ou ressurreição.
IHU On-Line – É possível afirmar que o Deus vivo no Cristo só se revela plenamente na Ressurreição? Por quê?
Leonardo Boff – Enquanto estava entre nós, Jesus participava de todo tipo de limitações e até achaques da existência humana. É o que está implícito da encarnação. O autor da Epístola aos Hebreus
é bem concreto: “entre súplicas, clamores e lágrimas se dirigiu àquele
que o podia salvar da morte… e aprendeu a obedecer por meio dos
sofrimentos que teve” (Hbr 5,7-8). Mais adiante diz que ele “é o general
da fé” (12,2). A Ressurreição é a ultrapassagem desta
situação carnal e passa à situação “espiritual” (do Espírito de vida).
Aqui Deus se revela como o Deus que faz de um morto vivo e de um vivo o
“novíssimo Adão”. Dá-se a plena revelação do Deus vivo que quer a vida e
que no livro da Sabedoria se revela como “o apaixonado amante da vida”
(Sb 11,24).
Ao invés de falar em cosmologia, deveríamos falar em cosmogênese, a lenta e progressiva gênese de todas as coisas
IHU On-Line – No que consiste a ideia de “ressurreição da
carne” e de que forma se articula com a perspectiva do túmulo vazio, tão
detalhadamente descrito na narrativa de Marcos [7]?
Leonardo Boff – “Carne”, biblicamente, significa a situação humana frágil, doentia, mortal. Essa situação pela Ressurreição foi totalmente transmutada. Paulo
o diz claramente: “semeia-se um corpo vital e ressuscita-se um corpo
espiritual” (1 Cor 15,44.). Eu sustento a tese, aceita por muitos, de
que as aparições no final do evangelho de Marcos seriam um acréscimo posterior, um pequeno resumo das aparições. O Marcos original não teria nada disso. Termina Jesus dizendo “aos discípulos e a Pedro que Ele (Jesus) os precederá na Galileia. Lá me vereis como vos disse” (Mc 16,7).
Com isso quero dizer: Jesus não se manifestou ainda
de forma plena. Todos nós estamos a caminho da Galileia (o termo da
história) para então vê-lo face a face. Assim me parece se entende
melhor a história humana que apesar da Ressurreição de Cristo
na verdade nada mudou, pois campeia a morte e a violência no mundo. Na
esperança caminhamos para a Galileia da ressurreição. O próprio Jesus
está em processo de ressurreição, pois seus irmãos e irmãs, que somos
nós, ainda não ressuscitaram nem o universo que lhe pertence alcançou a
sua plenitude. Ele está ainda em fase de cosmogênese. Quando tudo se
completar, então, Jesus e sua comunidade terão finalmente ressuscitado
[8]. Aqui cabem as palavras de Ernst Bloch [9]: “o gênesis está no fim e não no começo”.
IHU On-Line – O senhor diz que a Ressurreição representa “uma revolução na evolução”. Gostaria que detalhasse essa perspectiva.
Leonardo Boff – A moderna cosmologia unanimemente
afirma que o estado do universo não é a estabilidade, mas a mobilidade.
Tudo está se expandindo, se complexificando e se autocriando. A evolução
permite que as virtualidades latentes dentro do universo conheçam
emergências, possam irromper sob as formas mais diferentes. Neste
sentido, o universo não está ainda pronto. Ao invés de falar em
cosmologia, deveríamos falar em cosmogênese, a lenta e progressiva gênese de todas as coisas.
Quando digo, seguindo Jürgen Moltmann [10], que Ressurreição
é uma revolução na evolução, quero dizer que Ressurreição é uma pequena
antecipação do fim bom da criação, como se o termo da evolução se
antecipasse e nos mostrasse em pequeno o que nos está preparado. Isso é
uma revolução dentro da evolução que ainda continua e segue seu curso.
IHU On-Line – De que forma o panenteísmo pode contribuir para o entendimento da Ressurreição no nosso tempo?
Leonardo Boff – A expressão panenteísmo foi criada no século XIX por um teólogo protestante de nome Krause [11]. Ele quer dizer aquilo que a teologia antiga e clássica ensinava e ainda ensina com a expressão “pericórese” (a intro e retro relação de tudo com tudo) ou “circumincesio”.
Primeiramente era aplicada na relação da criação com o Criador: ambos
estão de tal maneira imbricados que um não pode ser entendido sem o
outro. Depois, aplicou-se à cristologia e à doutrina trinitária. As três divinas Pessoas estão tão intimamente relacionadas que uma sempre implica a outra e assim eternamente.
Panenteísmo significa, então, que Deus está em tudo e
tudo está em Deus, resguardadas as diferenças entre criatura e Criador.
Não se trata de panteísmo segundo o qual tudo é indistintamente Deus. O próprio Voltaire
[12] mostrou o absurdo filosófico que tal afirmação comporta. O
panenteísmo guarda as diferenças, mas revela como ambos estão presentes
um no outro e que não podem ser pensados separadamente. Esta compreensão
pode gerar uma mística como aquela de Pierre Teilhard de Chardin [13] ou de São Francisco de Assis [14], que conseguiam ver Deus em todas e em qualquer realidade.
O Cristo cósmico das epístolas de São Paulo e da introdução do evangelho de São João dão-nos a perspectiva do “pleroma”, vale dizer, da universalidade da presença do Ressuscitado em todas as coisas. Célebre é o dito 33 do evangelho apócrifo de São Tomé que grandes nomes da exegese como Joaquim Jeremias
e outros lhe conferem grande autoridade, pois parece ter saído da boca
do Ressuscitado: “Eu sou a Luz do mundo. Tudo saiu de mim e tudo volta a
mim. Rache a lenha e estou dentro dela, levante a pedra e estou debaixo
dela. Porque estarei convosco todos os dias até o final dos tempos”.
Levantar uma pedra é oneroso e rachar lenha é penoso. Mesmo esses
afazeres comuns contêm a presença do Ressuscitado.
IHU On-Line – Como a volta à experiência da Ressurreição do
Cristo pode inspirar a humanidade do nosso tempo a superar seus dilemas?
Leonardo Boff – Talvez este pequeno conto da área da ecologia pode responder a esta pergunta e que se encontra no meu livro Ecologia: grito da Terra - grito dos pobres [15] (p. 307): “Certa
feita um velho e santo monge foi visitado em sonho pelo Ressuscitado.
Este, o Ressuscitado, o convidou para passearem pelo jardim. O monge
acedeu com entusiasmo e cheio de curiosidade. Depois de andarem longo
tempo, para frente e para trás pelo caminho do jardim como fazem os
monges depois do almoço, ainda hoje, o santo e velho religioso ousou
perguntar: ‘Senhor, quando andavas pelos caminhos da Palestina,
dissestes, certa feita, que voltarias um dia com toda a pompa e glória.
Está demorando tanto esta sua volta!’ Depois de momentos de silêncio que
pareciam uma eternidade, o Ressuscitado respondeu: ‘meu irmãozinho
querido: quando minha presença no universo e na natureza for evidente;
quando minha presença sob a tua pele e no teu coração for tão real
quanto a minha presença aqui e agora; quando esta consciência se tornar
corpo e sangue em ti a ponto de não mais pensares nisso; quando
estiveres tão imbuído desta verdade que não mais precisas perguntar com
curiosidade, então, meu querido irmão, eu terei retornado com toda a
minha pompa e glória”. E mais não se precisa dizer: o Ressuscitado está entre nós apenas nas fímbrias do mistério; quem crer e for sensível perceberá sua presença.
Notas:
[1] Aristóteles de Estagira (384 a.C.-322 a.C.):
filósofo nascido na Calcídica, Estagira. Suas reflexões filosóficas –
por um lado, originais; por outro, reformuladoras da tradição grega –
acabaram por configurar um modo de pensar que se estenderia por séculos.
Prestou significativas contribuições para o pensamento humano,
destacando-se nos campos da ética, política, física, metafísica, lógica,
psicologia, poesia, retórica, zoologia, biologia e história natural. É
considerado, por muitos, o filósofo que mais influenciou o pensamento
ocidental. (Nota da IHU On-Line)
[2] Sigmund Freud (1856-1939): neurologista nascido
em Freiberg, Tchecoslováquia. É o fundador da psicanálise.
Interessou-se, inicialmente, pela histeria e, tendo como método a
hipnose, estudou pessoas que apresentavam esse quadro. Mais tarde,
interessado pelo inconsciente e pelas pulsões, foi influenciado por
Charcot e Leibniz, abandonando a hipnose em favor da associação livre.
Estes elementos tornaram-se bases da psicanálise. Desenvolveu a ideia de
que as pessoas são movidas pelo inconsciente. Freud, suas teorias e o
tratamento com seus pacientes foram controversos na Viena do século 19 e
continuam ainda muito debatidos. A edição 179 da IHU On-Line, de
8-5-2006, dedicou-lhe o tema de capa sob o título Sigmund Freud. Mestre da suspeita. A edição 207, de 4-12-2006, tem como tema de capa Freud e a religião. A edição 16 dos Cadernos IHU em formação tem como título Quer entender a modernidade? Freud explica. (Nota da IHU On-Line)
[3] O entrevistado refere-se à passagem bíblica de João, capítulos 11 e 12. (Nota da IHU On-Line)
[4] Orígenes de Alexandria ou Orígenes, o Cristão
(185-253): foi um teólogo, filósofo neoplatônico patrístico e é um dos
Padres gregos. Um dos mais distintos pupilos de Amônio de Alexandria,
Orígenes foi um prolífico escritor cristão, de grande erudição, ligado à
Escola Catequética de Alexandria (Nota da IHU On-Line)
[5] Friedrich Nietzsche (1844-1900): filósofo
alemão, conhecido por seus conceitos além-do-homem, transvaloração dos
valores, niilismo, vontade de poder e eterno retorno. Entre suas obras,
figuram como as mais importantes Assim falou Zaratustra (Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 1998), O anticristo (Lisboa: Guimarães, 1916) e
A genealogia da moral (São Paulo: Centauro, 2004). Escreveu até 1888,
quando foi acometido por um colapso nervoso que nunca o abandonou até o
dia de sua morte. A Nietzsche, foi dedicado o tema de capa da edição
número 127 da IHU On-Line, de 13-12-2004, intitulado Nietzsche: filósofo
do martelo e do crepúsculo, disponível para download em
http://bit.ly/Hl7xwP. A edição 15 dos Cadernos IHU em formação é
intitulada O pensamento de Friedrich Nietzsche. Confira, também, a entrevista concedida por Ernildo Stein à edição 328 da revista IHU On-Line, de 10-5-2010, intitulada O biologismo radical de Nietzsche não pode ser minimizado,
na qual discute ideias de sua conferência A crítica de Heidegger ao
biologismo de Nietzsche e a questão da biopolítica, parte integrante do
Ciclo de Estudos Filosofias da diferença – Pré-evento do XI Simpósio
Internacional IHU: O (des)governo biopolítico da vida humana. Na edição
330 da revista IHU On-Line, de 24-5-2010, leia a entrevista Nietzsche, o pensamento trágico e a afirmação da totalidade da existência, concedida pelo professor Oswaldo Giacoia. Na edição 388, de 9-4-2012, leia a entrevista O amor fati como resposta à tirania do sentido, com Danilo Bilate. (Nota da IHU On-Line)
[6] D. Pedro Casaldáliga: bispo prelado de São
Félix, Mato Grosso. É poeta e escritor de renome internacional. Quando
assume a prelazia de São Felix, em pleno regime militar, denuncia
veementemente o latifúndio e defende a reforma agrária e o direito
indígena à terra. Foi duramente perseguido pelo regime militar. Pe. João
Bosco Penido Burnier, jesuíta, foi assassinado ao lado dele, no dia 12
de outubro de 1976. A edição 137
da IHU On-Line, de 18 de abril de 2005, publicou uma entrevista com
Casaldáliga: O próximo pontificado será um tempo de transição
significativo. A edição 89,
de 12 de janeiro de 2004, trouxe entrevista com o religioso, falando
sobre a homologação de terra contínua para índios. (Nota da IHU On-Line)
[7] Marcos 16. (Nota da IHU On-Line)
[8] Ver um aprofundamento no meu “Cristianismo: o mínimo do mínimo, Petrópolis: Vozes 2015. (Nota do entrevistado)
[9] Ernst Bloch (1885-1977): filósofo alemão
marxista heterodoxo, que construiu vasta obra que ressalta o papel da
utopia na história do homem. Seu livro O Princípio Esperança (Rio de
Janeiro: Contraponto, 2005), foi destacado na editoria Livro da Semana
da 151ª edição da revista IHU On-Line, de 15-8-2005, com a realização de
duas entrevistas sobre a obra: uma com o tradutor do livro, Nélio
Schneider, e outra com o professor da UFRGS Edson Sousa. (Nota da IHU On-Line)
[10] Jürgen Moltmann (1926): professor emérito de
Teologia da Faculdade Evangélica da Universidade de Tübingen. Um dos
mais importantes teólogos vivos da atualidade. Foi um dos inspiradores
da Teologia Política nos anos 1960 e influenciou a Teologia da
Libertação. É autor de Teologia da Esperança (São Paulo: Herder, 1971) e
Deus crucificado: a cruz de Cristo como fundamento e crítica da
teologia cristã (Petrópolis: Vozes, 1993), entre outros. Do autor, a
Editora Unisinos publicou o livro A vinda de Deus. Escatologia cristã
(São Leopoldo, 2003). Confira a entrevista de Moltmann na IHU On-Line nº 94, de 29-3-2004. Sobre o tema, Frei Luiz Carlos Susin deu uma entrevista na edição 72,
de 25-8-2003. A edição 23 dos Cadernos Teologia Pública, de 26-9-2006,
tem como título Da possibilidade de morte da Terra à afirmação da vida. A
teologia ecológica de Jürgen Moltmann, de autoria de Paulo Sérgio Lopes
Gonçalves. (Nota da IHU On-Line)
[11] Karl Christian Friedrich Krause (1781-1832):
filósofo alemão, nascido em Eisenberg, em Saxe-Gotha-Altenburg. Sua
filosofia, conhecida como "Krausism", foi muito influente na Restauração
da Espanha. (Nota da IHU On-Line)
[12] Voltaire (1694-1778): pseudônimo de
François-Marie Arouet, poeta, ensaísta, dramaturgo, filósofo e
historiador iluminista francês. Uma de suas obras mais conhecidas é o
Dicionário Filosófico, escrito em 1764. (Nota da IHU On-Line)
[13] Pierre Teilhard de Chardin (1881-1955):
paleontólogo, teólogo, filósofo e jesuíta que rompeu fronteiras entre a
ciência e a fé com sua teoria evolucionista. O cinquentenário de sua
morte foi lembrado no Simpósio Internacional Terra Habitável: um desafio
para a humanidade, promovido pelo IHU em 2005. Sobre ele, leia a edição
140 da IHU On-Line, de 9-5-2005, Teilhard de Chardin: cientista e místico. Veja também a edição 304, de 17-8-2009, O futuro que advém. A evolução e a fé cristã segundo Teilhard de Chardin. Confira, ainda, as entrevistas Chardin revela a cumplicidade entre o espírito e a matéria, na edição 135, de 5-5-2005, em e Teilhard de Chardin, Saint-Exupéry,
publicada na edição 142, de 23-5-2005, em , ambas com Waldecy Tenório.
Na edição 143, de 30-5-2005, George Coyne concedeu a entrevista Teilhard e a teoria da evolução. Leia também a edição 45 edição do Cadernos IHU ideias A realidade quântica como base da visão de Teilhard de Chardin e uma nova concepção da evolução biológica; a edição 78 do Cadernos de Teologia Pública, As implicações da evolução científica para a semântica da fé cristã; e a edição 22 do Cadernos de Teologia Pública, Terra Habitável: um desafio para a teologia e a espiritualidade cristãs . (Nota da IHU On-Line)
[14] São Francisco de Assis (1181-1226): frade
católico, fundador da "Ordem dos Frades Menores", mais conhecida como
Franciscanos. Foi canonizado em 1228 pela Igreja Católica. Por seu
apreço à natureza, é mundialmente conhecido como o santo patrono dos
animais e do meio ambiente. Sobre Francisco de Assis confira a edição
238 da IHU On-Line, de 1-10-2007, intitulada Francisco. O santo e a entrevista com a medievalista italiana Chiara Frugoni, intitulada Uma outra face de São Francisco de Assis, na revista IHU On-Line número 469, de 3-8-2015. (Nota da IHU On-Line)
[15] Petrópolis: Vozes, 2015. (Nota da IHU On-Line)
Disponível em: http://www.ihu.unisinos.br/577424-ressurreicao-e-uma-revolucao-na-evolucao-entrevista-especial-com-leonardo-boff
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