Moro afirmou na sentença que não há nada de errado nos gastos, mas
que eles são extravagantes e inconsistentes para ela e para sua família,
o que deveria ter sido percebido por Cláudia Cruz.
“Embora tal comportamento seja altamente reprovável, ele leva à
conclusão de que a acusada Cláudia Cordeiro Cruz foi negligente quanto
às fontes de rendimento do marido e quanto aos seus gastos pessoais e da
família. Não é, porém, o suficiente para condená-la por lavagem de
dinheiro”, disse o juiz.
Responsável pela defesa da jornalista, o criminalista Pier Paolo da Cruz Bottini demonstrou satisfação com a decisão.
— A sentença reconhece que ela (Cláudia Cruz) não praticou nenhum ato
ilícito e nós consideramos que foi feita a justiça — afirmou.
Moro, no entanto, condenou o ex-diretor da Petrobras, Jorge Zelada,
por corrupção passiva, e o operador João Augusto Rezende Henriques, por
corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Segundo as investigações da Lava-Jato, as contas vinculadas aos
cartões de crédito utilizados pela jornalista eram abastecidas com
propina recebida por Cunha. Ela fez gastos em lojas de grife e bens de
luxo no exterior. Cruz é acusada de lavagem de dinheiro e evasão de
divisas.
A tese da defesa da jornalista é de que a ré desconhecia a origem dos
recursos das contas vinculadas aos seus cartões de crédito.
Cruz virou ré na Lava-Jato em junho do ano passado. De acordo com os
investigadores, há indícios de que parte da propina desviada da
Petrobras abasteceu contas no exterior em nome de off-shores e trusts
usados para pagar cartões de crédito internacional utilizados por
Cláudia Cruz.
Para a força-tarefa da Lava-Jato, ela tinha plena consciência dos
crimes que praticava, sendo a única controladora da conta em nome da
offshore Köpek, na Suíça, por meio da qual pagou despesas de cartão de
crédito no exterior. Entre 2008 e 2014, ela gastou mais de US$ 1 milhão.
Gasto, de acordo com a denúncia do MPF, “totalmente incompatível com os
salários e o patrimônio lícito” dela e de Cunha. Quase a totalidade do
dinheiro depositado na Köpek (99,7%) teve origem em contas pertencentes a
Eduardo Cunha.
As investigações apontam que “por meio da mesma conta Köpek a acusada
também se favoreceu de parte de valores de uma propina de cerca de US$
1,5 milhão que seu marido recebeu para 'viabilizar' a aquisição, pela
Petrobras, de 50% do bloco 4 de um campo de exploração de petróleo na
costa do Benin, na África, em 2011". A defesa de Cláudia Cruz alegou que
não houve ocultação de recursos.
Estagiário, sob supervisão de Flávio Freire
A tese da defesa da jornalista é de que a ré desconhecia a origem dos
recursos das contas vinculadas aos seus cartões de crédito.
Cruz virou ré na Lava-Jato em junho do ano passado. De acordo com os
investigadores, há indícios de que parte da propina desviada da
Petrobras abasteceu contas no exterior em nome de off-shores e trusts
usados para pagar cartões de crédito internacional utilizados por
Cláudia Cruz.
Para a força-tarefa da Lava-Jato, ela tinha plena consciência dos
crimes que praticava, sendo a única controladora da conta em nome da
offshore Köpek, na Suíça, por meio da qual pagou despesas de cartão de
crédito no exterior. Entre 2008 e 2014, ela gastou mais de US$ 1 milhão.
Gasto, de acordo com a denúncia do MPF, “totalmente incompatível com os
salários e o patrimônio lícito” dela e de Cunha. Quase a totalidade do
dinheiro depositado na Köpek (99,7%) teve origem em contas pertencentes a
Eduardo Cunha.
As investigações apontam que “por meio da mesma conta Köpek a acusada
também se favoreceu de parte de valores de uma propina de cerca de US$
1,5 milhão que seu marido recebeu para 'viabilizar' a aquisição, pela
Petrobras, de 50% do bloco 4 de um campo de exploração de petróleo na
costa do Benin, na África, em 2011". A defesa de Cláudia Cruz alegou que
não houve ocultação de recursos.
*Estagiário, sob supervisão de Flávio Freire
Disponível
em:
https://oglobo.globo.com/brasil/moro-absolve-claudia-cruz-por-gastos-no-exterior-com-dinheiro-de-corrupcao-21393870?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_campaign=compartilhar
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