Mãe de cabeleireiro assassinado nega que filho era traficante de drogas.
José Gilmar Furtado de Oliveira Júnior, cabeleireiro de 33 anos, foi assassinado na chacina do Benfica, em Fortaleza
José Gilmar Furtado de Oliveira Júnior, cabeleireiro de 33 anos, foi assassinado na chacina do Benfica, bairro universitário de Fortaleza, motivado por homofobia, acredita a mãe da vítima. Ele foi morto na Praça da Gentilândia com 10 tiros, dois nos órgãos genitais. “[O assassino] mostrou muito ódio, muita raiva, muito rancor”, diz a mãe, que não quer ser identificada.
Uma sequência de ataques no Bairro Benfica deixou sete mortos na noite de sexta-feira
(9). Os ataques ocorreram na Praça da Gentilândia, que reúne centenas
de universitários em noites de fim de semana; e na sede da Torcida
Uniformizada do Fortaleza (TUF), onde quatro pessoas foram assassinadas.
Conforme o secretário de Segurança do Ceará, André Costa, há duas hipóteses para as causas da chacina: rivalidade entre torcidas de futebol ou conflito entre traficantes de drogas. Segundo a polícia, José Gilmar tinha passagem por porte de drogas e roubo, mas a mãe nega que ele fosse traficante.
"Faria sete anos agora [de quando o filho foi acusado de tráfico]. Foi
um domingo de Páscoa e ele foi preso com uma carteira de estudante e R$
10. Passou 13 dias no 34º DP e na [Delegacia de] Capturas; de lá foi
solto. Não chegou nem a ir para o presídio. Ele não era traficante, era
usuário de maconha", afirma.
Posse de droga
A polícia afirma que José Gilmar foi encontrado morto na praça com uma
bolsa tipo pochete, onde havia droga e R$ 200. A suspeita é a de que ele
estaria traficando, a mãe nega. "O que estava dentro era para consumo
dele. Será que uma pessoa não pode ter dinheiro na bolsa que é
tráfico?", questiona.
Ela contou, ainda, que o filho não fazia parte de nenhuma torcida
organizada e que não acredita que o crime tenha sido motivado por briga
entre torcedores. "Ele torcia pelo Fortaleza, mas não era de ir para
estádio e nem de assistir jogo. Quando não tinha cliente, passava o dia
inteiro aqui, dentro de casa."
O que a mãe espera é que os assassinos sejam responsabilizados. "Ele
nunca pegou em uma arma, tinha horror. Ele tinha medo de ser assaltado.
Foi Covardia. Eu quero que o mandante e os que fizeram, quero que sejam
presos."
Sequência de ataques
Ataques simultâneos em três pontos do Bairro Benfica deixaram sete
mortos na noite de sexta-feira (9). A Polícia investiga se o caso tem
relação com confronto entre torcidas organizadas. A Torcida Uniformizada
do Fortaleza (TUF) negou a relação.
Na Vila Demétrio, sede da TUF, foram baleados Carlos Victor, que morreu
no local, Emilson Badeira e Adenilton da Silva - atendidos no hospital,
não resistiram aos ferimentos. Pedro Braga foi assassinado na Rua
Joaquim Magalhães. Uma pessoa baleada na praça e outra na Rua Joaquim
Magalhães ainda estão no hospital.
JOSÉ GILMAR FURTADO DE OLIVEIRA JÚNIOR / CABELEIREIRO – 33 ANOS / TIROS / CE, FORTALEZA
José
foi assassinado na chacina do Bairro Benfica (deixou sete mortos) em
Fortaleza, motivado por homofobia Ele foi morto na Praça da Gentilândia
com 10 tiros, dois nos órgãos genitais. “[O assassino] mostrou muito
ódio, muita raiva, muito rancor”, diz a mãe, que não quer ser
identificada.
Mãe espera é que os assassinos sejam responsabilizados. “Ele nunca pegou em uma arma, tinha horror. Ele tinha medo de ser assaltado. Foi Covardia. Eu quero que o mandante e os que fizeram, quero que sejam presos.”
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