Convocados por sobreviventes do massacre de Parkland, milhares de jovens
marcharam em Washington e em outras cidades dos Estados Unidos neste
sábado (24). Eles pedem uma legislação mais rígida para a venda de armas
de fogo.
Foi um dos maiores movimentos políticos da juventude desde a Guerra do Vietnã, afirma a agência de notícias Associated Press.
"Se você ouvir bem de perto, você pode ouvir
as pessoas no poder tremerem", afirmou David Hogg, um sobrevivente do
massacre de Parkland e agora líder do movimento, na manifestação March
for Our Lives em Washington.
Ele alertou: "Vamos nos livrar desses funcionários públicos que só se importam com o lobby das armas".
A multidão que marchou cantava "Vote-os para fora" e "somos a mudança".
Grandes manifestações com participação de dezenas de milhares de
pessoas foram registradas em cidades como Boston, Nova York, Los
Angeles, Chicago e Houston.
Eles pedem o fim da venda de fuzis de assalto, um controle mais
rígido para a venda de armas de fogo e o aumento da idade mínima para
quem pode comprar armamento.
"Estou muito cansado de ter medo na escola", disse Maya McEntyre, de 15 anos.
O
presidente Donald Trump está na Flórida neste final de semana, jogando
golfe em seu clube particular em West Palm Beach. Ele ainda não se
pronunciou sobre os protestos deste sábado, mas já se declarou contra
regras mais rígidas para a venda de armas.
"Nós vamos continuar lutando por nossos amigos mortos", afirmou Delaney Tarr, outra sobrevivente do massacre de Parkland.
A neta de Martin Luther King estava na marcha e discursou:"Eu tenho
um sonho de que já basta", disse Yolanda Renee King, de 9 anos. "Este
deve ser um mundo livre de armas. Ponto final."
Disponível em: https://br.sputniknews.com/americas/2018032410817296-jovens-marcham-contra-venda-armas-eua/
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