Marcos Douglas de Oliveira Santos foi morto na madrugada desta segunda (26). Polícia diz que ele era envolvido com o tráfico de drogas.
A polícia diz que o crime pode ter relação com o tráfico de drogas. Segundo o Grupo Gay de Alagoas (GGAL), a vítima é o 6º LGBTI+ assassinado no estado em 2018.
A vítima foi identificada como Marcos Douglas de Oliveira Santos. De
acordo com o 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM), ele estava bebendo
com amigos no Conjunto Virgem dos Pobres II, às margens da Lagoa Mundaú,
quando foi abordado por dois homens em uma moto.
Santos se aproximou da dupla e conversava com os suspeitos quando um
deles sacou um revólver e atirou contra o jovem. Um dos tiros o atingiu
no peito. Ele foi socorrido e levado para o Hospital Geral do Estado
(HGE), mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Ainda segundo o 1º BPM, o jovem trabalhava com o pai, vendendo sururu,
mas também estava envolvido com o tráfico de drogas. A morte pode ter
sido motivada por uma dívida da vítima.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios e, até o momento, ninguém foi preso.
Questionada pela reportagem do G1, a polícia não soube dizer se o rapaz era homossexual.
Em uma postagem nas redes sociais, o presidente do GGAL, Nildo Correia,
falou sobre o caso, dizendo que se tratava de mais um homossexual morto
de forma violenta em Alagoas.
“Independente das circunstâncias ou motivação, é papel e dever do GGAL
cobrar dos órgãos de segurança pública a elucidação do caso”, escreve
Correia em trecho da postagem.
O Grupo Gay da Bahia, que contabiliza essas mortes em todo o país, foi informado do caso.
MARCOS DOUGLAS OLIVEIRA SANTOS / 23 ANOS / TIROS / AL, MACEIÓ
O jovem de
23 anos foi morto a tiros na madrugada no bairro do Vergel, periferia de
Maceió. A vítima estaria bebendo com amigos no Conjunto Virgem dos
Pobres II, às margens da Lagoa Mundaú, quando foi abordado por dois
homens em uma moto e um deles sacou um revólver e atirou contra o jovem.
Um dos tiros o atingiu no peito. Ele foi socorrido e levado para o
Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos e
morreu. O presidente
do Grupo Gay de Alagoas (GGAL), Nildo Correia, falou sobre o caso,
dizendo que se tratava de mais um homossexual morto de forma violenta em
Alagoas;
“Independente das circunstâncias ou motivação, é papel e dever do GGAL cobrar dos órgãos de segurança pública a elucidação do caso”
O Grupo Gay da Bahia:
A homofobia é sempre uma agravante de vulnerabilidade que cai sobre as vítimas e que as empurram mais para a margem. Na pratica concreta, muitas vezes não dá para separar estes contextos e dissocia-los, segmentando o racismo, machismo, LGBTfobia e classe social, quando estão todos entrelaçados ao se analisar o fenômeno da violência. Neste caso, deve ser considerado homofóbico até prova em contrário, de acordo com o “princípio” do in dubio pro societate, e pela própria condição de vulnerabilidade da vítima, enquanto não houver critérios objetivos precisos que façam essa delimitação.
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