Marília Castro Neves é administradora de grupo fechado com cerca de
2.800 integrantes e onde recebe apoio, após ter feito declarações sobre a
vereadora que lhe custarão uma ação no Conselho Nacional de Justiça.
DCM – A desembargadora Marília Castro Neves, que acusou a vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) de envolvimento com o crime organizado,
é administradora de um grupo fechado no Facebook, chamado Magistratura
Free, que atualmente registra 2.798 membros, entre juízes na ativa e
aposentados em todo o Brasil e também no exterior.
Na descrição do grupo, um aviso: "Se não é juiz, não peça sua
inscrição, pois não será aceita. Favor não insistir. Grato". O DCM
obteve acesso a postagens da página por meio de um coletivo de
ativistas.
Marilia tem clara ascendência sobre os colegas e deixa evidentes suas inclinações políticas.
A maioria dos participantes está lhe prestando solidariedade no caso
da repercussão de sua crítica a Marielle Franco, vereadora do Psol — que
não foi feita ali, mas na conta de um advogado.
Manifestação de Marilia Castro Neves sobre vereadora assassinada expõe face obscura de parte do Judiciário brasileiro
Marília escreveu que "a questão é que a tal Marielle não era apenas
uma ‘lutadora’; ela estava engajada com bandidos! Foi eleita pelo
Comando Vermelho e descumpriu ‘compromissos’ assumidos com seus
apoiadores".
Certezas como essa ela tirou, entre outras fontes, dos sites de fake news que abundam na comunidade e são citados à larga e de portais como um certo CM 7, de Manaus.
Marília já vinha criticando Marielle naquele ambiente, mas o carinho
com a desembargadora depois que o escândalo estourou é grande.
"Corajosa!", diz um. "Muito orgulho!", completa outro. "Tmj!", declara
outra (sigla para "tamo junto").
Antes de chegar ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, ela e seu
então marido, Marfan Martins Vieira, eram procuradores no MPRJ. Marfan
foi promovido ao posto de procurador-geral entre os anos de 2005 e 2008.
Em dezembro de 2006, Marilia foi nomeada desembargadora pelas mãos da
governadora Rosinha Garotinho. Em 2014, soltou da prisão o chefe da
chamada "máfia dos ingressos" na Copa.
O PSOL entrará com representação no CNJ contra Marilia Castro Neves.
Disponível em: http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2018/03/desembargadora-atacava-marielle-em-grupo-fechado-no-facebook
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