Crise econômica que eclodiu em 2015 interrompeu uma década de ascensão econômica que tirou 40 milhões de brasileiros da pobreza.
Da Rede Brasil Atual
Devido à crise econômica, pouco mais de 9 milhões de pessoas
voltaram à pobreza entre 2015 e 2016. Destes, 5,4 milhões vivem
atualmente em condição de "extrema pobreza". O levantamento foi
realizado pelo Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), que apontou o aumento do desemprego e a deterioração da renda como causas.
O estudo, divulgado pelo jornal Valor Econômico,
cruzou dados da Síntese de Indicadores Sociais e da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios (Pnad), ambos do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
Na reportagem, especialistas ressaltam que, entre 2004 e 2014, cerca
de 40 milhões de pessoas deixaram a linha da pobreza, e lembram que o
atual recrudescimento da miséria ocorre justamente em momento de
enfraquecimento da rede de proteção social e dos programas de
transferência de renda, promovidos pelo governo Temer, que coloca a
culpa na crise fiscal e nos governos anteriores.
Contudo, apesar de o IBGE ter divulgado, na última sexta-feira (15), que, em 2016, 25,4% da população (52,2 milhões de pessoas) vivia abaixo da linha de pobreza,
e 6,5% ( 13,35 milhões de pessoas) na extrema pobreza, devido à
mudanças metodológicas, o instituto não apresentou comparativo com os
anos anteriores, trabalho então realizado pelos pesquisadores do Iets.
De acordo com o IBGE, que, por sua vez, utiliza referencial do Banco Mundial,
são considerados pobres aqueles que vivem com até R$ 387,07 mensais, e
extremamente pobres aqueles que recebem até R$ 133,72 mensais.
Disponível em: https://www.carosamigos.com.br/index.php/economia/11577-recessao-levou-9-milhoes-de-brasileiros-de-volta-a-pobreza
Nenhum comentário:
Postar um comentário