Yoann Lemaire
"Fui demitido por pessoas poucos esclarecidas, apenas
por ser gay", desabafa jogador
por ser gay", desabafa jogador
Um dos raros jogadores de futebol assumidamente homossexual,
o jogador Yoann Lemaire, que foi demitido do time onde atuava pela homofobia
ainda inerente ao esporte.
o jogador Yoann Lemaire, que foi demitido do time onde atuava pela homofobia
ainda inerente ao esporte.
"Eu sou um jogador amador de nível ruim, demitido por
ser gay por pessoas pouco esclarecidas", se apresenta ironicamente Yoann
Lemaire, 35 anos, em sua casa na cidade natal de Vireux-Wallerand, no norte da
França. Para ele, "é a ignorância que gera intolerância".
ser gay por pessoas pouco esclarecidas", se apresenta ironicamente Yoann
Lemaire, 35 anos, em sua casa na cidade natal de Vireux-Wallerand, no norte da
França. Para ele, "é a ignorância que gera intolerância".
A história de Lemaire se tornou um livro autobiográfico,
intitulado "Je suis le seul joueur de foot homo... enfin j'étais" (Eu
sou o único jogador de futebol gay... enfim, eu era, em tradução livre), e que
agora virou um documentário.
intitulado "Je suis le seul joueur de foot homo... enfin j'étais" (Eu
sou o único jogador de futebol gay... enfim, eu era, em tradução livre), e que
agora virou um documentário.
No início, "os caras não acreditavam em mim, porque eu
era o jogador mais viril, o que mais recebia cartões, um grosso mesmo",
lembra o zagueiro do FC Chooz, que começou a jogar bola aos 6 anos de idade.
era o jogador mais viril, o que mais recebia cartões, um grosso mesmo",
lembra o zagueiro do FC Chooz, que começou a jogar bola aos 6 anos de idade.
Ele conta que o documentário é uma forma de “sensibilizar”
os amantes do futebol para um assunto que destrói o sonho de jovens: a
homofobia no futebol. O filme é dirigido por Michel Royer e conta com ajuda de
um financiamento coletivo.
os amantes do futebol para um assunto que destrói o sonho de jovens: a
homofobia no futebol. O filme é dirigido por Michel Royer e conta com ajuda de
um financiamento coletivo.
O documentário não tem como objetivo "um acerto de
contas, mas sim tentar encontrar um entendimento, passar da raiva à paz: é uma
busca", acredita Lemaire, que quer "dar o exemplo",
"entender os torcedores" e "encontrar um meio de
sensibilizar" as pessoas, além de "ver nos outros esportes como as
coisas acontecem, como no basquete feminino".
contas, mas sim tentar encontrar um entendimento, passar da raiva à paz: é uma
busca", acredita Lemaire, que quer "dar o exemplo",
"entender os torcedores" e "encontrar um meio de
sensibilizar" as pessoas, além de "ver nos outros esportes como as
coisas acontecem, como no basquete feminino".
Apoiado pela Federação Francesa de Futebol (FFF), a Liga
Profissional de Futebol (LFP) e o Ministério dos Esportes, Lemaire acumula
reuniões em Paris para seu projeto, encorajado por sentir que "a causa
está evoluindo", quando "há 10 anos era um grande tabu".
Profissional de Futebol (LFP) e o Ministério dos Esportes, Lemaire acumula
reuniões em Paris para seu projeto, encorajado por sentir que "a causa
está evoluindo", quando "há 10 anos era um grande tabu".
"No início, sem dinheiro, conseguimos cinco campeões do
mundo que aceitaram dar seus testemunhos: (Laurent) Blanc, (Didier) Deschamps,
(Fabien) Barthez, (Christian) Karembeu e (Liliam) Thuram", revela.
mundo que aceitaram dar seus testemunhos: (Laurent) Blanc, (Didier) Deschamps,
(Fabien) Barthez, (Christian) Karembeu e (Liliam) Thuram", revela.
Uma primeira versão do documentário está prevista para ser
exibida em 17 de maio, durante a Jornada Mundial de Luta Contra a Homofobia e
Transfobia, com lançamento oficial marcado para a Copa do Mundo da Rússia (14
de junho-15 de julho).
exibida em 17 de maio, durante a Jornada Mundial de Luta Contra a Homofobia e
Transfobia, com lançamento oficial marcado para a Copa do Mundo da Rússia (14
de junho-15 de julho).
A motivação sem trégua de Yoann Lemaire, porém, não consegue
mascarar algumas amarguras: "Quando volto a meu clube, eu reencontro o
mesmo técnico, os mesmos dirigentes, e não evoluiu, eles não querem falar sobre
isso: é um saco para eles".
Disponível em: https://disponivel.uol.com.br/acapa/lifestyle/fui-demitido-por-pessoas-poucos-esclarecidas-apenas-por-ser-gay-desabafa-jogador/1/16/30696
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