quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

MAGNO MALTA SABOTA PELA SEGUNDA VEZ A VOTAÇÃO DO CASAMENTO IGUALITÁRIO NO SENADO

O senador do Espírito Santo esvaziou o plenário e impediu que o projeto de lei que visa dar segurança jurídica para o casamento igualitário no Brasil fosse votado.

Resultado de imagem para O senador do Espírito Santo esvaziou o plenário e impediu que o projeto de lei que visa dar segurança jurídica para o casamento igualitário no Brasil fosse votado 

 
Apesar de ser na prática uma realidade no Brasil, o casamento igualitário ainda não foi estabelecido no Código Civil Brasileiro. O projeto de lei PLS 612/2011 tenta resolver essa questão, alterando a definição da união estável de algo que acontece “entre um homem e uma mulher” (como está agora) para algo que ocorre “entre duas pessoas”. Na pauta de hoje do Senado, o projeto não conseguiu ser votado porque o senador Magno Malta (PR/ES) conseguiu esvaziar o plenário. Sem quórum, a votação foi adiada.
A manobra aconteceu rapidamente. Logo antes do início da votação, 60 senadores estavam presentes. Em questão de minutos restavam apenas 20 no plenário – bem menos do que os 41 senadores necessários para que se estabeleça o quórum mínimo. Segundo os presentes, a debandada foi articulada pela bancada evangélica.
O projeto já havia entrado na pauta do Senado na última quarta-feira. Na ocasião, Malta programou uma homenagem à Assembleia de Deus do Amazonas para o mesmo dia. A jogada acabou por pressionar os senadores, que resolveram escapulir do plenário quando o PLS 612/2011 estava prestes a ser votado. Sem o quórum mínimo, a votação ficou para hoje. Amanhã ela retorna à pauta.

Resultado de imagem para magno malta 
O senador Magno Malta (PR/ES) sente-se ameaçado pelo casamento igualitário alheio.


A autora do PLS 612/2011, a senadora Marta Suplicy (PMDB/SP) declarou-se estupefata com as atitudes da bancada evangélica. “Não há justificativa plausível para isso. Transformar o casamento em algo que acontece entre duas pessoas, não apenas entre um homem e uma mulher, não obriga ninguém a fazer algo que não queira. Estão tentando atravancar a segurança jurídica dos casais homoafetivos. Esta questão também é importante para preservar o estado laico – nosso projeto não faz mais que reforçar que o casamento é um ato civil, e em nada interfere no casamento religioso.”
Uma votação como essa pode parecer algo desnecessário quando o casamento homoafetivo já acontece há anos (mais de 15 mil uniões entre pessoas do mesmo gênero já aconteceram desde que o Conselho Nacional de Justiça legalizou o casamento igualitário no país). No entanto, ajustar o Código Civil para a realidade nacional garantiria que a medida não possa ser revista no futuro. Ações como essa da bancada evangélica não fazem mais que demonstrar como os conservadores sentem-se ameaçados por um Código Civil que garanta os mesmos direitos para todos.


, projeto da , na forma do substitutivo de , voltará à pauta do após a apreciação de matérias que têm urgência, em vista de sua votação ter sido interrompida nesta tarde

Nenhum comentário:

Postar um comentário