Traído por sua própria base e aprovado por apenas 4% dos brasileiros,
Michel Temer cedeu à chantagem do Congresso e vai aliviar a dívida de
grandes inadimplentes com o fisco; depois de barganhar com cargos de
confiança e indicações políticas, o Programa de Regularização Tributária
(PRT), popularmente conhecido como novo Refis, deve ser o maior pacote
de "bondades" da história; a versão proposta pela comissão especial
criada pelo Congresso alivia significativamente multas e juros,
inclusive de grandes devedores, e provocaria uma perda de arrecadação de
R$ 23 bilhões; o texto aprovado na comissão permite o parcelamento das
dívidas em até 180 meses e, dependendo da parcela inicial, garante às
empresas devedoras o direito a até 90% de desconto nas suas multas; a
medida deve desequilibrar ainda mais a arrecadação federal.
247 - Para aprovar suas impopulares
reformas, o igualmente impopular Michel Temer se rendeu ao toma-lá dá-cá
do Congresso. Depois de barganhar com cargos de confiança e indicações
políticas, o peemedebista deve aprovar um perdão bilionário a devedores
em troca de apoio parlamentar para as mudanças trabalhista e
previdenciária.
As informações são de reportagem de Julio Wiziack, Bruno Boghossian e Daniel Carvalho na Folha de S.Paulo.
"Batizado como Programa de Regularização Tributária (PRT), e
popularmente conhecido como novo Refis, o novo plano começou a ser
discutido depois que o Congresso alterou proposta original do governo,
incluindo vários benefícios para devedores.
A equipe econômica é contrária aos descontos e trabalha para
reduzir ao mínimo a perda de arrecadação nas negociações. No limite,
aceita descontos de até 25% nas multas e 25% nos juros sob determinadas
condições de pagamento da dívida. As discussões estavam em andamento
nesta segunda (15).
Até a conclusão desta edição, a expectativa de arrecadação
com o novo Refis, que era de cerca de R$ 8 bilhões com a proposta
original do governo, passou para cerca de R$ 1 bilhão no novo plano.
A versão proposta pela comissão especial criada pelo
Congresso para examinar a proposta original do governo provocaria uma
perda de arrecadação de R$ 23 bilhões.
Com dificuldade para fechar as contas do governo em meio à
lenta recuperação da economia, a equipe econômica pressionou o
presidente Michel Temer a mudar o plano.
Com as negociações, o governo estuda dois caminhos. Um deles
seria o próprio Congresso votar uma emenda conciliadora. Outra ideia
seria deixar que a medida provisória com a proposta original do governo
perca a validade e enviar nova medida incluindo as condições negociadas
com os parlamentares.
O texto aprovado na comissão permite o parcelamento das
dívidas em até 180 meses e, dependendo da parcela inicial, garante às
empresas devedoras o direito a até 90% de desconto nas suas multas."
Disponível em: http://www.brasil247.com/pt/247/economia/295705/Temer-oferece-bilh%C3%B5es-aos-deputados-para-mexer-na-sua-aposentadoria.htm
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