Deputado da base governista, mas contrário ao projeto, estima que hoje o Planalto não teria votos suficientes.
São Paulo – Inseguro quanto à aprovação em plenário da reforma da
Previdência, o governo pretende protelar a votação até o mês que vem,
para garantir mais que os 308 votos (três quintos da Casa) necessários
na Câmara para aprovação de uma proposta de emenda à Constituição, no
caso, a PEC 287. "Nós temos três semanas mais ou menos para
garantir 330 votos. O governo vai botar em votação quando tiver 330
votos", afirmou o vice-líder do governo Darcísio Perondi (PMDB-RS).
Vice-líder do DEM, partido da base governista, Onyx Lorenzoni (RS), que é contrário à proposta,
avalia que, hoje, o Planalto teria no máximo 250 votos, aquém do
necessário. Ele também considera importante acompanhar a votação da
reforma da legislação trabalhista no Senado.
"Era para a reforma trabalhista passar talvez em uma comissão lá, já
está passando em três, e tem sido dito lá no Senado que antes do final
do ano ela não vai a voto. Eu não vejo condições de que os parlamentares
aqui, que têm pago um alto preço para modernizar o Brasil,
principalmente do ponto de vista da compreensão da sociedade, ainda se
disponham a fazer algo muito ruim, que é a proposta original do governo –
que não foi melhorada no meu entendimento – e que está a bulir com a
vida das pessoas", disse o deputado.
Aprovado na Câmara como PL 6.787, o agora PLC 38 passará por pelo menos três comissões permanentes no Senado. A Casa está promovendo nesta quinta-feira (11) debates sobre o projeto trabalhista.
"Nós temos ainda 11 medidas provisórias que estão trancando a
pauta. Elas precisam obviamente ser discutidas e votadas em plenário. E,
em seguida, a avaliação das bancadas é que vai dar o tom da data de
votação desta medida", comentou o líder do PSDB, Ricardo Tripoli (SP),
referindo-se à Previdência. "Obviamente, ainda existem
possibilidades de alterações em plenário. Os deputados podem apresentar
destaques, emendas... Eu acho que é um longo caminho a percorrer ainda."
Para o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), o governo tinha a
possibilidade de, na comissão especial, substituir parlamentares
contrários à PEC 287. "Se nós tirássemos cinco do governo e
acrescentássemos cinco para nós, nós teríamos ganho a votação aqui na
comissão especial. O governo está jogando pesado, substituiu aqueles
parlamentares da sua base que iam votar contra a reforma da Previdência
aqui." O texto-base do relator, Arthur Maia (PPS-BA), foi aprovado por
23 votos a 14.
"É indispensável que a população brasileira se mobilize porque a
pressão está vindo por parte do governo, individual, em cima de cada
parlamentar: oferecendo cargos, ameaçando tirar emendas parlamentares ou
oferecendo mais", criticou o vice-líder do PDT, André Figueiredo (CE).
"É algo vergonhoso."
Com informações da Agência Câmara Notícias
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