Pesquisas recentes, de âmbitos nacional e estadual,
comprovam a falência do governo Michel Temer, tendo como referência o
topo da pirâmide social. Explica-se. Ele, como nunca teve votos,
agarrou-se aos manifestantes das passeatas dominicais, muitos deles
instigados tanto pelo ódio quanto pelo preconceito. Contra Dilma,
sempre.
A manobra ganhou um fim televisionado da administração petista. A ilusão criada pelo sucesso do golpe, no entanto, durou pouco.
Sondagens, como a recém-divulgada pelo Ibope, encomendada
pela Confederação Nacional da Indústria, mostram o afastamento gradativo
desses ex-aliados de Temer espalhados pelos quatro cantos do Brasil.
Nas pesquisas, há duas comprovações visíveis quanto a isso. A
apuração do Ibope, de junho de 2016 a março de 2017, desenha a
trajetória ladeira abaixo a partir do período da posse oficial de Temer
na Presidência até os dias de hoje (gráfico). Ele vem perdendo, paulatinamente, o pouco que tinha.
Perdeu 11 pontos na “aprovação do
governo”; perdeu 10 pontos na “maneira de governar”, e na aprovação de
“ótimo e bom” perdeu 3 pontos. Caiu de 13% para 10%, aproximando-se
muito dos 9 pontos de Dilma quando o golpe foi consumado.
Os eleitores desgarrados de
Temer formam boa parte da classe média brasileira identificada, em
geral, pelo poder aquisitivo e o grau de instrução. É cidadão do topo da
pirâmide com grau de instrução “Médio” ou “Superior” e com boa “Renda
Familiar” (tabela).
A pesquisa CNI/Ibope chega a ser desconcertante. A maioria foge de Temer como o diabo foge da cruz.
Esse grupo não determina a eleição. É pequeno diante de
120 milhões de cidadãos que formam o eleitorado total. Entretanto, por
razões diversas, tem força para abalar os eleitos. O acesso aos meios de
comunicação facilita.
Um levantamento do Instituto de Pesquisa
Maurício de Nassau, de Pernambuco, publicada quase simultaneamente com o
Ibope, mostra uma situação arrasadora para Temer, o governo dele e a
oposição. Os pernambucanos, com cursos médio e superior, desaprovam o
governo Temer com 93% e 94% respectivamente.
Um dos compromissos fundamentais de Michel Temer com a
cúpula dos tucanos é o de fazer o Brasil voltar aos trilhos do
desenvolvimento para que, em 2018, um dos candidatos do PSDB tenha
chances de vitória com Lula ou sem Lula, na disputa, ao se apresentar como o salvador do País.
Disponível em: https://clubedaesquerda.com.br/2017/04/10/temer-falso-e-falido/
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