Reportagem do jornal britânico Financial Times traz uma foto do senador e
bispo Marcelo Crivella (PRB), que lidera a corrida à Prefeitura do Rio
no segundo turno contra Marcelo Freixo (PSOL), e relembra que a bancada
evangélica no Brasil possui 199 deputados federais; o texto destaca que
estes parlamentares tiveram um papel fundamental no impeachment da
presidente eleita Dilma Rousseff.
247 - Reportagem publicada nesta segunda-feira, 24,
pelo jornal britânico Financial Times destaca o avanço dos evangélicos
na política brasileira, e exemplifica a liderança do pastor e senador
Marcelo Crivella (PRB) na disputa pela Prefeitura do Rio de Janeiro.
A publicação destaca que Crivella é um missionário evangélico que
atuou na África por vários nãos, mas que já qualificou integrantes de
outras religiões, até mesmo cristãos, como os católicos, como
"demoníacos" e já afirmou que a homossexualidade é um "mal". "Sua
vitória iminente nas eleições de segundo turno no dia 30 de outubro
reflete um emergente bloco evangélico que está conduzindo a política
brasileira para a direita, dizem os analistas, e está prestes a se
tornar mais poderoso e influente", diz a reportagem.
O FT relembra que a bancada evangélica possui 199 deputados federais –
de um total de 513 -, além de destacar que estes parlamentares tiveram
um papel fundamental no impeachment da presidente eleita Dilma Rousseff.
O periódico também observa que a bancada evangélica, juntamente com a
ruralista e a ligada a área de segurança pública integram a chamada
bancada BBB: bíblia, boi e bala.
O FT cita, ainda, que o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), preso na semana passada pela Operação Lava Jato, é um líder
evangélico que enquanto esteve no poder defendia o "direito dos
heterossexuais" e leis mais duras contra o aborto para vítimas de
estupro.
Segundo o Financial Times, apesar do Brasil ter a maior população
católica do mundo, o censo de 2010 aponta que o número de evangélicos é
crescente no país, chegando a 22,2% da população e alerta para o fato de
que apesar da proibição de doações eleitorais por parte de empresas,
igrejas não tem que declarar renda ou pagar impostos, o que poderá
favorecer o poder da bancada evangélica.
Disponível em: http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/261906/FT-%E2%80%9CEvang%C3%A9licos-do-Brasil-empurram-a-pol%C3%ADtica-para-direita%E2%80%9D.htm
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