Na solenidade de todos os Santos a Igreja militante (que luta na Terra) honra a Igreja triunfante do Céu.
No dia 1º de novembro, a Igreja celebra a festa de Todos os Santos.
Segundo a tradição, ela foi colocada neste dia, logo após 31 de outubro,
porque que os celtas ingleses – pagãos -, celebravam as bruxas e os
espíritos que vinham se alimentar e assustar as pessoas nesta noite
(Halloween).
Nesse dia, a Igreja militante (que luta
na Terra) honra a Igreja triunfante do Céu celebrando, numa única
solenidade, todos os Santos como diz o sacerdote na oração da Missa
para render homenagem àquela multidão de Santos que povoam o Reino dos
Céus, que São João viu no Apocalipse: Ouvi, então, o número dos
assinalados: cento e quarenta e quatro mil assinalados, de toda tribo
dos filhos de Israel. Depois disso, vi uma grande multidão que ninguém
podia contar, de toda nação, tribo, povo e língua: conservavam-se em pé
diante do trono e diante do Cordeiro, de vestes brancas e palmas na
mão”. “Esses são os sobreviventes da grande tribulação; lavaram as suas
vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro. (Ap 7,4-14)
Esta imensa multidão de 144 mil, que está
diante do Cordeiro, compreende todos os servos de Deus, aos quais a
Igreja canonizou através da decisão infalível de algum Papa, e todos
aqueles, incontáveis, que conseguiram a salvação, e que desfrutam da
visão beatífica de Deus. Lá eles intercedem por nós sem cessar, diz
uma de nossas Orações Eucarísticas. Por isso, a Igreja recomenda que os
pais ponham nomes de Santos em seus filhos.
Esses 144 mil significam uma grande multidão (12 x 12 x 1000). O número doze e o número mil significavam para os judeus antigos plenitude, perfeição e abundância; não é um valor meramente aritmético, mas simbólico. A Igreja já canonizou mais de 20 mil santos, mas há muito mais que isto no Céu. No livro ‘Relação dos Santos e Beatos da Igreja’, eu pude relacionar, de várias fontes, quase 5mil dos mais importantes; e os coloquei em ordem alfabética.
A “Lúmen Gentium” do Vaticano II lembra
que: “Pelo fato de os habitantes do Céu estarem unidos mais intimamente
com Cristo, consolidam com mais firmeza na santidade toda a Igreja. Eles
não deixam de interceder por nós junto ao Pai, apresentando os méritos
que alcançaram na terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo
Jesus. Por seguinte, pela fraterna solicitude deles, a nossa fraqueza
recebe o mais valioso auxílio (LG 49) (§956).
Na hora da morte, São Domingos de Gusmão dizia a seus frades: Não choreis! Ser-vos-ei mais útil após a minha morte e ajudar-vos-ei mais eficazmente do que durante a minha vida. E Santa Teresinha confirmava este ensino dizendo: Passarei meu céu fazendo bem na terra.
Na hora da morte, São Domingos de Gusmão dizia a seus frades: Não choreis! Ser-vos-ei mais útil após a minha morte e ajudar-vos-ei mais eficazmente do que durante a minha vida. E Santa Teresinha confirmava este ensino dizendo: Passarei meu céu fazendo bem na terra.
O nosso Catecismo diz que: Na oração, a Igreja peregrina é associada à dos santos, cuja intercessão solicita (§2692).
A marca dos santos são as
bemaventuranças que Jesus proclamou no Sermão da Montanha; por isso,
este trecho do Evangelho de São Mateus (5,1ss) é lido nesta Missa. Os
santos viveram todas as virtudes e, por isso, são exemplos de como
seguir Jesus Cristo. Deus prometeu dar a eterna bem-aventurança aos
pobres no espírito, aos mansos, aos que sofrem e aos que têm fome e sede
de justiça, aos misericordiosos, aos puros de coração, aos pacíficos,
aos perseguidos por causa da justiça e a todos os que recebem o ultraje
da calúnia, da maledicência, da ofensa pública e da humilhação.
Esta ‘Solenidade de Todos os Santos’ vem do século IV. Em Antioquia, celebrava-se uma festa por todos os mártires no primeiro domingo depois de Pentecostes.
A celebração foi introduzida em Roma, na mesma data, no século VI, e
cem anos após era fixada no dia 13 de maio pelo papa Bonifácio IV, em
concomitância com o dia da dedicação do Panteon dos deuses romanos a
Nossa Senhora e a todos os mártires. No ano de 835, esta celebração foi
transferida pelo papa Gregório IV para 1º de novembro.
Cada um de nós é chamado a ser santo.
Disse o Concilio Vaticano II que: Todos os fiéis cristãos, de qualquer
estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição
da caridade (Lg 40). Todos são chamados à santidade: Deveis ser
perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito (Mt 5,48): Com o fim de
conseguir esta perfeição, façam os fiéis uso das forças recebidas (
)
cumprindo em tudo a vontade do Pai, se dediquem inteiramente à glória de
Deus e ao serviço do próximo. Assim, a santidade do povo de Deus se
expandirá em abundantes frutos, como se demonstra luminosamente na
história da Igreja pela vida de tantos santos (LG 40).
O caminho da perfeição passa pela cruz.
Não existe santidade sem renúncia e sem combate espiritual (cf. 2Tm 4). O
progresso espiritual da oração, mortificação, vida sacramental,
meditação, luta contra si mesmo; é isto que nos leva gradualmente a
viver na paz e na alegria das bem-aventuranças. Disse São Gregório de
Nissa (340) que: Aquele que vai subindo jamais cessa de ir progredindo
de começo em começo por começos que não têm fim. Aquele que sobe jamais
cessa de desejar aquilo que já conhece (Hom. in Cant. 8).
Ladainha de Todos os Santos
https://www.youtube.com/watch?v=fYBMDyzmRbQ
Disponível em: http://formacao.cancaonova.com/igreja/santos/a-celebracao-da-festa-de-todos-os-santos/
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