Ricardo Pinheiro foi esfaqueado no dia 24 de abril. 'Se ele estivesse arrependido não teria se escondido', diz vítima.
O professor Olázio Ricardo Pinheiro, de 38 anos, ainda está se recuperando da facada que levou no abdômen e que atingiu vários órgãos internos o fazendo passar dias na UTI em Cruzeiro do Sul. No dia 24 de abril, o professor foi esfaqueado por Antônio José Nascimento, mais conhecido como "Bolota", que foi preso nove dias após o crime.
Ainda tentando se recuperar, Pinheiro diz que não conhecia o suspeito e acredita ter sido vítima de homofobia. No dia de sua prisão, 3 de maio, o suspeito foi ouvido e indiciado por tentativa de homicídio.
“Cheguei à casa de um amigo e uma garota me chamou para dançar. Ele e uns amigos ficaram soltando piadas comigo. Nunca tinha visto esse cidadão. Ele ficou dizendo palavras preconceituosas e me achincalhando”, relembra o professor.
O professor diz que não teve como se defender e nega que tenha feito ameaça contra suspeito ou alguma outra ação que tenha motivado a agressão. “Inesperadamente ele chegou e me furou. Não tive como me defender. Nunca fiz ameaça a ninguém, sempre vivi em harmonia com as pessoas do meu convívio social", alega.
Pinheiro diz ainda que não tem raiva do suspeito, mas diz que não cabe a ele perdoá-lo. Tudo que quero é recuperar minha saúde e voltar a minha vida normal e continuar minha atividade profissional como professor. Entrego tudo nas mães de Deus”, finaliza.
Entenda o caso
O professor Olázio Ricardo Ferreira Pinheiro, de 38 anos, foi internado e submetido à cirurgia no Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul, interior do Acre, após ter sido agredido a facadas no domingo (24) em um bar no bairro Boca do Moa.
Na época, a sua irmã, Ana Lívia, já tinha alertado sobre um possível crime de homofobia. “Olázio estava bebendo e este elemento começou a chamar meu irmão de Paola e outros adjetivos, isso só pelo fato de meu irmão ser homossexual. Meu irmão sentou e o suspeito cochichou com outra pessoa, furou meu irmão e fugiu com outras quatro pessoas em uma canoa. Tudo aconteceu por homofobia”, alegou a irmã na época.
Disponível em: http://g1.globo.com/ac/acre/noticia/2016/05/professor-esfaqueado-diz-ter-sido-vitima-de-homofobia-soltava-piadas.html?utm_source=facebook&utm_medium=share-bar-desktop&utm_campaign=share-bar
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