Juiz Moro dá a entender que não havia percebido que existiam
nomes com foro privilegiado na lista | Reprodução e Fábio
Rodrigues Pozzebom/ Ag. Brasil
O juiz federal Sérgio Moro decretou nesta quarta-feira (23) sigilo sobre a superplanilha da Odebrecht que cita dezenas de políticos e partidos como supostos destinatários de valores da empreiteira. O magistrado pediu ao Ministério Público Federal que se manifeste sobre eventual remessa da documentação ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A superplanilha foi apreendida em fevereiro na Operação Acarajé, desdobramento da Lava Jato, na residência do empresário Benedicto Barbosa da Silva Júnior, presidente da Odebrecht Infraestrutura. O documento aponta uma longa sucessão de transferências para deputados, senadores, prefeitos, governadores e agremiações políticas.
Inicialmente, a Acarajé estava sob sigilo. Depois que a operação foi deflagrada, em fevereiro, o magistrado afastou o sigilo dos autos, como tem feito desde o início daLava Jato. Nesta quarta-feira (23), ao constatar que a lista contém registros de pagamentos a agentes políticos, Moro restabeleceu o sigilo nos autos.
"Prematura conclusão quanto à natureza desses pagamentos. Não se trata de apreensão no Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht e o referido Grupo Odebrecht realizou, notoriamente, diversas doações eleitorais registradas nos últimos anos", argumentou o juiz.
"De todo modo, considerando o ocorrido, restabeleço sigilo neste feito e determino a intimação do Ministério Público Federal para se manifestar, com urgência, quanto à eventual remessa ao Egrégio Supremo Tribunal Federal para continuidade da apuração em relação às autoridades com foro privilegiado."
Disponível em: http://www.brasilpost.com.br/2016/03/23/sigilo-planilha-odebrecht_n_9532868.html?ncid=fcbklnkbrhpmg00000004
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