Embora o vírus já tenha sido achado no leite materno não há prova de contágio de doenças para o bebê, esclarece OMS.
Bebê com microcefalia: mãe teve doença semelhante à
zika na gravidez
O DIA
Rio - Mulheres contaminadas com o vírus Zika podem seguir amamentando seus bebês. Embora o agente infeccioso já tenha sido detectado no leite materno de duas mães, não há nenhuma prova de risco de transmissão de novas doenças. A conclusão é da Organização Mundial da Saúde (OMS), em seus comunicados dirigidos às autoridades dos países afetados pela epidemia. Além da microcefalia, transmitida durante a gestação, o vírus é o causador da Síndrome de Guillain-Barré, doença neurológica que pode levar à paralisia irreversível e morte. Até o momento, 43 pessoas apresentaram sintomas dessa doença. A recomendação da OMS tenta tranquilizar as mães infectadas pelo mosquito Aedes aegypti. Só no Estado do Rio, 176 mulheres tiveram testes positivo para o vírus zika, mas ainda não há confirmação se os fetos apresentam microcefalia ou outra sequela neurológica. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, todas as mulheres serão acompanhadas até o fim da gestação.
Segundo o último boletim divulgado na quinta-feira pelo órgão, o estado recebeu 4 746 notificações de grávidas com manchas no corpo, desde 18 de novembro passado, quando esse tipo de sintoma passou a ser de registro obrigatório. Não foi informado quantas mulheres já tiveram bebê nem quantas ainda estão sob acompanhamento. Até a semana anterior, o órgão havia recebido 4.152 notificações. Houve um aumento de 14% no total de registros da doença.
Entre 1º de janeiro de 2015 e 20 de fevereiro, dois casos de microcefalia associados a infecções congênitas foram confirmados no estado. No total, 250 casos da doença estão sendo investigados. O subsecretário de Vigilância em Saúde, Alexandre Chieppe, ressalta que o número de registros de grávidas com suspeita de zika caiu nas últimas seis semanas. “Estamos observando desaceleração do número de novos casos e queremos entender o que está acontecendo, porque ainda há transmissão intensa de zika na população em geral”, diz. A hipótese levantada por ele é de que as grávidas estejam intensificando medidas de proteção individual, como uso de repelentes.
Vírus causa novos danos
Além da microcefalia, o vírus Zika parece ser capaz de causar também anomalias fora do sistema nervoso central em bebês de mães infectadas. Estudo divulgado na quinta-feira, por pesquisadores brasileiros e americanos reforça a suspeita de que o Zika esteja ligado à ocorrência de hidropsia (acúmulo de líquido no corpo do bebê e inchaço sob a pele) e à morte do feto. A pesquisa acompanha uma centena de crianças nascidas com microcefalia, desde 31 de outubro do ano passado.
Gestantes do Bolsa Família receberão repelentes
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, anunciou na quinta-feira no Senado, a transferência de R$ 300 milhões para a compra de repelentes, que serão distribuídos para gestantes atendidas pelo programa Bolsa Família. A estratégia tem como objetivo reduzir os riscos de casos de zika entre grávidas e de bebês com microcefalia. Embora não haja uma afirmação de organismos internacionais de saúde, para o governo brasileiro está certa a relação entre o aumento de casos da má-formação com a transmissão do vírus. Castro se referiu ao momento pelo qual o País passa como um dos mais difíceis da saúde pública brasileira e mundial. “Não é à toa que a última vez que o Brasil havia declarado emergência pública foi em 1917, com a gripe espanhola”, disse o ministro, que descartou a vacina da dengue produzida pela empresa Sanofi Pasteur no SUS. “Isso precisa de análise mais detalhada. Não há prazo para essa decisão ser tomada”.
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