Declaração irritou público presente no Desfile das Kengas no Carnaval de Natal.
Cantora afirmou que falta uma boa mulher
para travestis e gays
A cantora Baby do Brasil foi vaiada, na noite do último domingo, durante uma apresentação no Carnaval de Natal, capital do Rio Grande do Norte, ao disparar declarações homofóbicas e transfóbicas durante o Desfile das Kengas, tradicional concurso de transformismo que reúne público formado em grande parte por gays e travestis.
Paradoxalmente, depois de cantar o sucesso ‘Masculino e Feminino’, do ex-marido Pepeu Gomes (com a libertária letra que afirma que “se Deus é menina e menina, sou masculino e feminino”), Baby discursou para a plateia frases contra a homossexualidade e a transexualidade, dizendo que “todo homem é homem” e afirmando que faltou (aos gays e às travestis) “uma boa mulher maravilhosa”.
Baby no Carnaval de Natal diz: "todo homem
pra mim é homem"
https://www.youtube.com/watch?v=orVqcbgd_zQ
A declaração da cantora foi acompanhada de uma sonora vaia do público presente. Baby precisou pedir para a produção do show aumentar o volume do microfone. E para ‘coroar’ a fala desastrosa, ela se recusou a colocar na cabeça a tiara que recebia como homenagem ao ser contemplada madrinha do Desfile das Kengas. “A coroa é a única coisa que eu não vou poder colocar porque na minha cabeça tem uma coroa, a coroa do senhor Jesus”, disse Baby.
Na última terça-feira (9), depois da repercussão negativa, a cantora usou o Facebook para dizer que foi mal interpretada e que não foi homofóbica em suas declarações. Baby disse que tem amigos homossexuais há muitos anos. Segundo ela, tudo foi dito de forma “carinhosa e com humor”. “Se fosse homofóbica jamais receberia tal faixa”, escreveu.
No entanto, grande parte das pessoas na postagem no Facebook não aceitou a justificativa. No texto, Baby ainda usa de expressões condenadas pelo movimento LGBT tais como “escolha e opção sexual”.
“O que declarei foi que para mim não importa a escolha sexual, pois ela não invalida de um homem ser homem e uma mulher ser mulher”, disse Baby na rede social.
A reação desfavorável no Facebook apareceu em comentários como neste: O que você diz no vídeo não condiz com o que você acaba de escrever. Não sei se é desonestidade ou arrependimento e vergonha”. “Mentir não é de Deus, Baby”, comentou outro rapaz. Houve quem apoiasse a cantora. “Te amamos Baby. Não se preocupe com o mimimi de integrantes da opinião pública. O que importa é a opinião de Deus”, escreveu uma jovem. “Continuo te amando e te desejando o que há de melhor”, disse um senhor.
O Desfile das Kengas é um dos mais esperados eventos do Carnaval de Natal e chega a reunir mais de 20 mil pessoas para assistir à apresentação de drag queens, transformistas e travestis.
Cantor Leo Santana age com homofobia em
Carnaval de Salvador
O cantor baiano Leo Santana perdeu uma grande oportunidade de se mostrar superior depois de um grupo invadir uma de suas redes sociais para insinuar que ele tinha um relacionamento com o empresário. Santana, nacionalmente conhecido já pelo longínquo sucesso "Rebolation", poderia ter ignorado as insinuações ou ser altruísta e dizer que tais declarações não o ofendiam. No entanto, em apresentação na última sexta-feira (5) no Carnaval de Salvador, ele preferiu disparar frases ofensivas contra homossexuais em seu trio elétrico, curiosamente composto em grande parte por fãs gays.
Leo chamou de “palhaçada” as insinuações sobre sua sexualidade. “A gente não pode dizer que ama seu próprio irmão que você já é gay. Eu postei uma foto com meu irmão dizendo ‘eu te amo’ e ficaram me chamando de viado. Isso é uma palhaçada”, afirmou em tom de revolta.
“Mas, na moral, eu não entendo, tanta mulher bonita nesse arrastão (forma como é chamado o público do bloco) e tem homem com homem que fica aí se beijando”, criticou. A Prefeitura de Salvador, uma das financiadoras da festa, informou que estuda pedir ao cantor uma retratação pública.
“Esperar o que da Baby?”
O ativista Júlio Moreira, integrante do Conselho Estadual LGBT do Rio de Janeiro, não deu muita importância à declaração da cantora Baby do Brasil. “Ela não fala lé com cré”, minimizou.
“Ela é uma p*rra louca. Todo mundo conhece a trajetória dela. Eu a vejo como uma grande oportunista que depois de não conseguir sucesso voltou a cantar as músicas do passado. Esperar o que dela? Só essas maluquices mesmo”, comentou.
Para o ativista, a conversão de Baby à religião evangélica endossa a falta de coerência e credibilidade.
“Ela já seguiu o suposto paranormal Thomas Green Morton, gritava ‘Rá’ no meio das frases. Ela vai continuar a falar as besteiras delas de acordo com a religião que ela prega”, comentou.
O ativista vê como mais preocupante a declaração de Leo Santana, por ser um exemplo para jovens que se identificam com o estilo e as atitudes do cantor baiano. “Ele representa um estereótipo do macho alfa. E muitos querem ser como ele. A declaração reforça todo um olhar machista, preconceituoso. Eu acho muito perigoso esse discurso”, concluiu.
Disponível em: http://igay.ig.com.br/2016-02-11/baby-do-brasil-e-vaiada-ao-dizer-que-falta-uma-boa-mulher-para-gays.html
A declaração da cantora foi acompanhada de uma sonora vaia do público presente. Baby precisou pedir para a produção do show aumentar o volume do microfone. E para ‘coroar’ a fala desastrosa, ela se recusou a colocar na cabeça a tiara que recebia como homenagem ao ser contemplada madrinha do Desfile das Kengas. “A coroa é a única coisa que eu não vou poder colocar porque na minha cabeça tem uma coroa, a coroa do senhor Jesus”, disse Baby.
Na última terça-feira (9), depois da repercussão negativa, a cantora usou o Facebook para dizer que foi mal interpretada e que não foi homofóbica em suas declarações. Baby disse que tem amigos homossexuais há muitos anos. Segundo ela, tudo foi dito de forma “carinhosa e com humor”. “Se fosse homofóbica jamais receberia tal faixa”, escreveu.
No entanto, grande parte das pessoas na postagem no Facebook não aceitou a justificativa. No texto, Baby ainda usa de expressões condenadas pelo movimento LGBT tais como “escolha e opção sexual”.
“O que declarei foi que para mim não importa a escolha sexual, pois ela não invalida de um homem ser homem e uma mulher ser mulher”, disse Baby na rede social.
A reação desfavorável no Facebook apareceu em comentários como neste: O que você diz no vídeo não condiz com o que você acaba de escrever. Não sei se é desonestidade ou arrependimento e vergonha”. “Mentir não é de Deus, Baby”, comentou outro rapaz. Houve quem apoiasse a cantora. “Te amamos Baby. Não se preocupe com o mimimi de integrantes da opinião pública. O que importa é a opinião de Deus”, escreveu uma jovem. “Continuo te amando e te desejando o que há de melhor”, disse um senhor.
O Desfile das Kengas é um dos mais esperados eventos do Carnaval de Natal e chega a reunir mais de 20 mil pessoas para assistir à apresentação de drag queens, transformistas e travestis.
Cantor Leo Santana age com homofobia em
Carnaval de Salvador
O cantor baiano Leo Santana perdeu uma grande oportunidade de se mostrar superior depois de um grupo invadir uma de suas redes sociais para insinuar que ele tinha um relacionamento com o empresário. Santana, nacionalmente conhecido já pelo longínquo sucesso "Rebolation", poderia ter ignorado as insinuações ou ser altruísta e dizer que tais declarações não o ofendiam. No entanto, em apresentação na última sexta-feira (5) no Carnaval de Salvador, ele preferiu disparar frases ofensivas contra homossexuais em seu trio elétrico, curiosamente composto em grande parte por fãs gays.
Leo chamou de “palhaçada” as insinuações sobre sua sexualidade. “A gente não pode dizer que ama seu próprio irmão que você já é gay. Eu postei uma foto com meu irmão dizendo ‘eu te amo’ e ficaram me chamando de viado. Isso é uma palhaçada”, afirmou em tom de revolta.
“Mas, na moral, eu não entendo, tanta mulher bonita nesse arrastão (forma como é chamado o público do bloco) e tem homem com homem que fica aí se beijando”, criticou. A Prefeitura de Salvador, uma das financiadoras da festa, informou que estuda pedir ao cantor uma retratação pública.
“Esperar o que da Baby?”
O ativista Júlio Moreira, integrante do Conselho Estadual LGBT do Rio de Janeiro, não deu muita importância à declaração da cantora Baby do Brasil. “Ela não fala lé com cré”, minimizou.
“Ela é uma p*rra louca. Todo mundo conhece a trajetória dela. Eu a vejo como uma grande oportunista que depois de não conseguir sucesso voltou a cantar as músicas do passado. Esperar o que dela? Só essas maluquices mesmo”, comentou.
Para o ativista, a conversão de Baby à religião evangélica endossa a falta de coerência e credibilidade.
“Ela já seguiu o suposto paranormal Thomas Green Morton, gritava ‘Rá’ no meio das frases. Ela vai continuar a falar as besteiras delas de acordo com a religião que ela prega”, comentou.
O ativista vê como mais preocupante a declaração de Leo Santana, por ser um exemplo para jovens que se identificam com o estilo e as atitudes do cantor baiano. “Ele representa um estereótipo do macho alfa. E muitos querem ser como ele. A declaração reforça todo um olhar machista, preconceituoso. Eu acho muito perigoso esse discurso”, concluiu.
Disponível em: http://igay.ig.com.br/2016-02-11/baby-do-brasil-e-vaiada-ao-dizer-que-falta-uma-boa-mulher-para-gays.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário