O lobista Fernando Antonio Falcão Soares, conhecido como Fernando Baiano, é o próximo preso da Operação Lava Jato a assinar o acordo de delação premiada. Baiano é suposto operador de propinas pagas a políticos a partir de contratos da Petrobras e está preso há cerca de nove meses. No dia 17 de agosto, ele foi condenado, em outro processo, a 16 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Conforme denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Baiano e o ex-diretor internacional da Petrobras Nestor Cerveró receberam US$ 40.000.000,00 de propina entre 2006 e 2007 para intermediar contratação de navios-sonda para perfurar águas profundas na África e no México.
Fernando Baiano negocia delação premiada para detalhar participação do grupo Sarney na Lava Jato.
O lobista Fernando Antonio Falcão Soares – o Fernando Baiano – apontado pela Polícia Federal como operador do PMDB em esquema de corrupção investigado na Operação Lava Jato, deu dois depoimentos em Curitiba na semana passada. Os depoimentos são parte de uma negociação para que o empresário possa aderir a acordo de delação premiada. Caso a Justiça e o Ministério Público considerem que os depoimentos contribuem para as investigações, ele assinará o acordo que deverá revelar os detalhes da participação do ministro Edison Lobão e da ex-governadora Roseana Sarney no escândalo de corrupção da Petrobras. Segundo a Revista Veja desta semana, o que Fernando baiano já disse à Polícia Federal é suficiente para atingir em cheio a cúpula do PMDB, incluindo Lobão e Roseana. A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter a prisão preventiva do lobista.
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