Cassimiro Lopes Moreira está desparecido desde o dia 28 e homem morto usava as mesmas roupas que ele.
Cassimiro Lopes Moreira foi visto pela última vez no dia 28 passado
A Polícia Militar (PM) de Hortolândia achou, na tarde desta sexta-feira (5), o corpo de um homem que pode ser do presidente da ONG Casa de Apoio Grupo da Amizade, Cassimiro Lopes Moreira, de 54 anos, que está desaparecido desde o último dia 28. O corpo estava em uma mata, em uma rua sem saída, no Jardim de Mônaco.
No bolso da bermuda que a vítima usava foi achado um cartão de benefício de uma pessoa que é atendida na entidade, além de uma dentadura. A Polícia Civil vai pedir DNA do corpo para confirmar se é mesmo do presidente da ONG. Além disso, a família e amigos íntimos irão hoje no Instituto Médico Legal (IML) de Americana para fazer o reconhecimento.
Suspeita de tortura
A polícia suspeita que a vítima foi torturada antes de ser morta. O corpo foi achado sem cabeça e mãos. Os braços e a perna esquerda estavam apenas nos ossos. O homem vestia bermuda jeans, camiseta vermelha e tênis preto, as mesmas vestes que Miro, como era chamado, vestia quando saiu da entidade, há uma semana.
O corpo foi achado a cerca de 500 metros do local onde estava o carro de Miro, um Ford Fusion. O veículo foi encontrado queimado na noite do dia 29, na Estrada Municipal Pedrina Guilherme, no Residencial Firenze. Segundo uma testemunha, o carro foi queimado por volta das 16h30 do mesmo dia que Miro sumiu.
A Polícia Civil de Campinas conseguiu imagens de um imóvel nesta estrada que revela que o Fusion passou pelo local por volta das 16h da sexta-feira, escoltado por uma moto. "Se o corpo for realmente de Miro, queremos Justiça. Queremos saber o por quê fizeram isto com ele. Quanta crueldade. O Miro é um batalhador e tinha amor pelo próximo", disse um amigo da família, chamado Francisco.
Carta de ameaça
Segundo ele, na mesma semana do desaparecimento, Miro recebeu uma carta de ameaça. Na época, ele rasgou por achar que fosse brincadeira. No dia em que desapareceu, Miro disse que iria resolver alguns negócios em Hortolândia.
Segundo familiares, o presidente da ONG tinha por hábito sair para cidades da região, em visitas rápidas, mas sempre mantinha contato. Quando não atendia o telefone, costumava retornar as ligações em 10 ou 20 minutos. Miro está à frente da entidade, que cuida de soro positivos e moradores de rua, há 18 anos. "Existe um por cento de que não seja o Miro. Se for, ele deixou um legado em cima de muito trabalho", frisou Francisco.
Disponível em: http://correio.rac.com.br/_conteudo/2014/12/capa/campinas_e_rmc/228198-exame-de-dna-indicara-se-corpo-achado-e-de-presidente-de-ong.html / https://homofobiamata.wordpress.com/2014/11/28/cassimiro-lopes-moreira-gay-54-anos-torturado-2o-dp-de-hortolandia-campinas-sp/
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