segunda-feira, 17 de novembro de 2014

PADRE DO INTERIOR DE SÃO PAULO EXCOMUNGADO POR DEFENDER CASAMENTO GAY


Por defender casamento gay, padre de SP é excomunhado pelo Vaticano

A decisão oficial foi publicada no site da Diocese de Bauru neste sábado (15) e informa que o religioso incorreu em “canônica gravíssima” ao desobedecer os dogmas da igreja; “Deus não exclui ninguém”, escreveu o sacerdote, ao saber da decisão, em seu 
Facebook
 ; assista ao vídeo com as declarações do padre 

O padre Roberto Francisco Daniel, mais conhecido como padre Beto, de Bauru, no interior de São Paulo, não poderá mais exercer funções religiosas. Ele foi oficialmente excomungado pelo Vaticano e a decisão foi publicada neste sábado (15) no site da Diocese de sua cidade. No começo do ano passado, o religioso declarou em entrevistas ser a favor do casamento de homossexuais e, desde abril, o processo de excomunhão foi aberto.

Na época, padre Beto havia afirmado em entrevistas que enxergava a possibilidade de amor entre pessoas do mesmo sexo e questionou dogmas da igreja católica. O bispo de Bauru, então, Dom Caetano Ferrari, determinou que o sacerdote se retratasse e pediu ainda a retirada dos vídeos do Youtube em que ele expressava seu posicionamento.

No texto sobre sua excomunhão do cura publicado neste sábado (15), assinado pelo padre Tiago Wenceslau, é informado que padre Beto incorreu em “canônica gravíssima” ao desobedecer os dogmas da igreja e ao seu legítimo superior eclesiástico, apesar de repetidas advertências. A partir de agora, o religioso não poderá conduzir nenhuma cerimônia ou culto católico, celebrar ou receber sacramentos – como casamentos, batizados ou confissões – e nem poderá exercer cargos eclesiásticos. 
Eu acredito no Deus que é amor. Este Deus não exclui ninguém (homossexuais, casais de segunda união, etc) como também nos deu a inteligência para podermos viver o amor às pessoas e à vida. A decisão da santa sé, não muda minha vida e muito menos minha consciência. Estou em paz e seguindo ao que Cristo pregou. E volto a dizer: se refletir é um pecado, eu sou um pecador. Por fim, a Igreja que pertenço é o mundo, a minha paróquia é a humanidade. Estou feliz assim e não quero mudar”, escreveu o religioso, ao saber da decisão, em seu Facebook.
No ano passado, quando foi comunicado sobre o processo de excomunhão, padre Beto decidiu se afastar de suas funções e disse se sentir “honrado em pertencer à lista de muitas pessoas humanas que foram assassinadas e queimadas vivas por pensarem e buscarem o conhecimento”.

Disponível em:  http://www.umoutroolhar.com.br/2014/11/padre-do-interior-de-sao-paulo.html

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