Matheus Passareli, de 21 anos, foi visto pela última vez em Piedade, na Zona Norte do Rio / Foto: Reprodução
O irmão da estudante Matheus Passareli, de 21 anos, desaparecida há uma semana,
disse que a aluna de artes visuais da Uerj foi executada ao entrar em
uma comunidade no bairro de Piedade, na Zona Norte do Rio. A jovem era
não-binária — ou seja, entendia que sua identidade de gênero não era nem
de homem nem de mulher, e, sim, de uma pessoa — e, entre amigos e
parentes, era tratada como Matheusa. Em uma postagem no Facebook,
Gabriel Passareli disse que, segundo informações recebidas da Delegacia
de Descoberta de Paradeiros (DDPA), o corpo teria sido queimado. O
motivo do crime ainda é investigado.
"A partir de certo momento,
descobrimos que não poderíamos circular mais pelo bairro do acontecido
desaparecimento e, com isso, precisávamos zelar pela segurança daqueles
que estavam nas ruas implicados em encontrarem a Matheusa. Tivemos que
parar as buscas e concentrar as energias nas investigações da
instituição. Segundo informações, minha irmã foi executada ao entrar em
uma das comunidades do bairro", postou Gabriel.
Matheusa sumiu na madrugada de 29 de abril, ao sair do aniversário de
uma amiga na Rua Cruz e Souza, no Encantado, na Zona Norte, por volta
das 2h30m. De acordo com Gabriel, a estudante se despediu dos amigos
dizendo que não se sentia bem.
O
irmão diz que todo o processo de investigação do desaparecimento foi
acompanhado por ele, pela mãe e por amigos. Segundo Gabriel, as
informações mais recentes que ele e a família receberam "demostram
diferentes faces da crueldade". Os parentes de Matheusa estão reunidos
em Rio Bonito, no interior do estado do Rio de Janeiro.
"Infelizmente,
as últimas informações que chegaram até nós e até a instituição pública
que está desenvolvendo o processo de investigação, demonstram
diferentes faces da crueldade a qual estamos submetidos. Eu e minha mãe
precisávamos estar em Rio Bonito, estar em companhia com nossas famílias
e lidar com o sofrimento juntos. Trouxemos todos os objetos do quarto
da Matheusa para a sua origem, a nossa terra natal, interior do Rio de
Janeiro. Muitos registros das suas pesquisas de desenvolvimento da
poética do "Corpo Estranho", roupas compradas e compartilhadas e,
principalmente, seus objetos mágicos, suas plantas e livros", escreveu
Gabriel.
MATHEUS PASSARELI SIMÕES VIEIRA / ESTUDANTE – 21 ANOS / CARBONIZADO / DDPA / RJ, RIO DE JANEIRO
NOVO ATENTADO A ATIVISTA LGBT NO
RIO DE JANEIRO
Matheus
Passareli, Matheusa, ativista LGBT, negro, não-binário, estudante de
artes da UERJ, primeiro de sua família a entrar numa universidade, foi
executado e queimado numa favela do Rio.
O irmão do
estudante Matheus, disse que o aluno de artes visuais da Uerj foi
executado ao entrar em uma comunidade no bairro de Piedade, na Zona
Norte do Rio. O jovem era não-binário — ou seja, entende que sua
identidade de gênero não é nem de homem nem de mulher, e, sim, de uma
pessoa — e, entre amigos e parentes, era tratado como Matheusa. E
segundo informações recebidas da Delegacia de Descoberta de Paradeiros
(DDPA), o corpo o corpo foi encontrado queimado.
Matheus sumiu na madrugada de 29 de
abril, ao sair do aniversário de uma amiga na Rua Cruz e Souza, no
Encantado, na Zona Norte, por volta das 2h30m. De acordo com Gabriel, o
estudante se despediu dos amigos dizendo que não se sentia bem.
Disponível em: https://extra.globo.com/casos-de-policia/ela-foi-executada-ao-entrar-em-comunidade-diz-irmao-de-estudante-da-uerj-desaparecida-22658953.html + https://homofobiamata.wordpress.com/page/1/
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