Entre 2011 e 2014, o vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha, agora
com 29 anos assassinou ao menos 39 pessoas na capital goiana, na
maioria delas mulheres, mas seus primeiros homicídios foram de
homossexuais. Conhecido como serial killer de Goiânia, o homem que está
preso desde outubro de 2014 e já foi condenado a mais de 600 anos de
prisão por 28 dos crimes já julgados, contou em entrevista para o
programa de TV Câmera Record, na semana passada, que chegou a frequentar
a casa de algumas de suas vítimas.
O assassino conheceu Diego Martins Mendes, de 16 anos, em
novembro de 2011, em um ponto de ônibus. O corpo da vítima nunca foi
encontrado. Imagens mostram Diego saindo a escola pouco antes de
encontrar o assassino que diz que o convenceu a ir a um terreno baldio e
o sufocou até a morte. Tiago se mostra claramente incomodado em falar
de sua sexualidade e diz que “não teve relacionamento duradouro com as
vítimas” mas fala de “sentimentos sujos”.
“Na realidade, ele matou essas vítimas justamente por se
sentir atraído por essas vítimas. Ele não admitia o fato da
homossexualidade dele”, afirmou o delegado Douglas Pedrosa, que
investigou o caso. No processo consta que a casa de sua mãe era
frequentada por travestis e homossexuais e que Tiago tinha mágoa da mãe
por se sentir abandonado pelo pai.
As vítimas homossexuais foram mortas com as mãos ou
facadas, indicando um crime com maior envolvimento emocional. As
mulheres, segundo o delegado falou ao jornalista Domingos Meirelles
representavam a morte da mãe do assassino. Elas foram assassinadas em
grande parte a balas e de maneira rápida. Tinha um padrão nas primeiras
execuções: prostitutas eram esfaqueadas, moradores de rua eram mortos a
tiros e homossexuais eram estrangulados. Tiago falou mais uma vez do
abuso sexual que sofreu e do bullying que passou na infância para o
jornalista.
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