Presente na história LGBT ao redor do mundo, os movimentos
ideológicos de intolerância à diversidade foram avançando cada vez mais e
ganhando força em países conhecidos pelo conservadorismo. Ainda hoje,
mais de 70 países condenam a homossexualidade com prisões, agressões e,
em pelo menos cinco deles, com pena de morte segundo o código penal
local. Os atentados recentes reacendem a necessidade de se discutir a
intolerância.
Segundo relatório da Associação Internacional de Lésbicas,
Gays, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais (Ilga), na atualidade, em
72 países a prática homossexual é considerada crime, sendo que em pelo
menos oito desses países, a pena de morte é frequentemente aplicada. A
maioria dos países intolerantes está localizada na África e no Oriente
Médio, antro religioso de forte atuação e conservadorismo. Nos países
africanos, a homossexualidade esta diretamente associada à epidemia de
HIV, o que se torna mais um motivo de estigmatização.
As penas para homens e mulheres podem ser diferentes, uma
vez que a homossexualidade entre homens é considerada mais grave devido
ao machismo dessas sociedades. Na Tanzânia, por exemplo, a pena para
homens consiste na detenção por 30 anos, contra cinco anos para as
mulheres. No Irã, a pena de morte é direcionada aos homens e chibatadas
para as mulheres. Assim como o machismo, a homofobia ganha terreno entre
os conservadores que usam da violência para pregar o não reconhecimento
do outro grupo.
No Brasil, apesar de a homossexualidade não ser crime,
grupos extremistas vêm aumentando os índices de violência. Conhecidos
como skinheads neonazistas, grupos de jovens munidos geralmente de armas
brancas atacam homossexuais com agressões que muitas vezes levam à
morte. Eles existem e os movimentos que eclodiram em países como os EUA
nas últimas semanas também existem por aqui.
As últimas estatísticas sobre violência contra LGBTs trazem
dados alarmantes sobre a intolerância no Brasil, que em 2016 foi
considerado o país que mais matou homossexuais no mundo. Segundo o Grupo
Gay da Bahia (GGB), em 2016, foram contabilizadas 343 mortes motivadas
por homofobia, isto é, a cada 25 horas, um LGBT foi assassinado. Esses
dados foram divulgados junto com a informação que no país não há lei que
criminalize a homofobia, assim muitos casos ficam de fora da
estatística por não serem considerados casos de preconceito pelas
autoridades, e sim, crimes comuns.
O mundo reage perplexo à uma realidade que sempre foi minimizada. O ódio sempre rondou a comunidade LGBT e a comunidade negra mas agora os nacionalistas radicais tem coragem de andar livremente nas ruas dos EUA e pelo mundo.
O mundo reage perplexo à uma realidade que sempre foi minimizada. O ódio sempre rondou a comunidade LGBT e a comunidade negra mas agora os nacionalistas radicais tem coragem de andar livremente nas ruas dos EUA e pelo mundo.
Protesto na Nigéria, em 2011, para a descriminalização da homossexualidade. Imagem: hrw.org
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